Mosul: em 2014, a cidade localizada à margem do rio Tigre contava com cerca de dois milhões de habitantes (Andres Martinez Casares/Reuters)
AFP
Publicado em 14 de julho de 2017 às 11h55.
Mais de 1 milhão de pessoas fugiram da cidade iraquiana de Mosul desde o início dos combates, em outubro, e mais de 825 mil ainda não voltaram para casa - anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM), nesta sexta-feira (14), em Genebra.
"A partir de 13 de julho, um total de 1.048.044 pessoas (174.674 famílias) havia sido deslocado das zonas leste e oeste de Mosul", indicou a OIM em um comunicado, acrescentando que, "entre eles, mais de 825 mil (137 mil famílias), continuam deslocadas".
"De acordo com os nossos colegas que operam na região de Mosul, ontem foi o dia em que o total de deslocados pelas atividades no leste e oeste da cidade ultrapassou um milhão, todos os valores acumulados, desde a ofensiva lançada em outubro pelo Exército iraquiano para retomar Mosul" das mãos do grupo Estado Islâmico (EI), confirmou o porta-voz da OIM em uma coletiva de imprensa.
Em 2014, Mosul, cidade localizada à margem do rio Tigre, no norte do Iraque, contava com cerca de dois milhões de habitantes.
Após vários meses de violentos combates, na segunda-feira (10), as autoridades iraquianas anunciaram sua vitória contra os extremistas do EI, que controlavam a localidade desde junho de 2014. Apesar disso, o acesso à Cidade Antiga é quase impossível, em razão das operações para garantir a segurança do local.