Funcionários de limpeza retiram balas, detritos e restos de barricadas perto do prédio de serviço de segurança em Donetsk, Ucrânia (Stringer/Reuters)
Mariana Fonseca
Publicado em 8 de abril de 2014 às 21h27.
São Paulo - A Crimeia parece ser só o começo da dor de cabeça enfrentada pela Ucrânia ao lidar com suas minorias pró-Rússia.
Ao menos é isso que os últimos dias mostraram, em uma série de protestos em regiões como Luhanks, Donetsk e Kharkiv.
Todas as cidades estão no leste da Ucrânia, área tradicionalmente industrial e com grande presença de habitantes que possuem laços com os russos.
A tática usada pelos manifestantes é a de ocupar prédios das administrações locais, erguendo bandeiras russas e enfrentando as forças de segurança.
Kharkiv foi a primeira cidade em que a segurança ucraniana conseguiu retomar o controle, expulsando manifestantes do local ocupado.
Em Luhanks, manifestantes chegaram a fazer dos próprios ucranianos reféns, querendo em troca um referendo sobre o status da região. Eles ocupam o prédio há dois dias.
Mas é em Donetsk que os manifestantes estão há mais tempo: são três dias de ocupação no prédio de 11 andares da sede da administração regional. Eles começaram a formar seu próprio governo paralelo.
As autoridades de Kiev anunciaram uma operação antiterrorista para liberar o prédio com os reféns em Luhanks, assim como a sede do governo regional na vizinha Donetsk.