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Maioria no Parlamento da Ucrânia sofre racha ao aprovar lei

O presidente do Parlamento apelou nesta terça-feira para que todos os partidos políticos condenassem a violência e os protestos em torno do presidente


	Petro Poroshenko: a descentralização do poder era uma condição exigida pela Rússia para uma trégua assinada em fevereiro destinada a acabar com os conflitos entre o governo ucraniano e tropas separatistas apoiadas pela Rússia
 (Eric Vidal/Reuters)

Petro Poroshenko: a descentralização do poder era uma condição exigida pela Rússia para uma trégua assinada em fevereiro destinada a acabar com os conflitos entre o governo ucraniano e tropas separatistas apoiadas pela Rússia (Eric Vidal/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2015 às 16h54.

Kiev - A maioria no Parlamento da Ucrânia mostrou rachaduras nesta terça-feira após um partido de direita dizer que estava saindo da coalizão no projeto de lei que dá mais autonomia ao leste separatista pró-Rússia do país. Ontem, a capital Kiev teve intensos protestes contra a medida.

O anúncio do Partido Radical de Oleh Lyashko, que chegou em terceiro na eleição do ano passado, veio no dia em que mais dois agentes da Guarda Nacional morreram depois de terem se ferido na explosão de uma granada, elevando o número de mortos para três nos confrontos entre os nacionalistas e os policiais do lado de fora do Parlamento.

Cerca de 140 pessoas foram hospitalizadas após a violência, a maioria policiais, disse o Ministério do Interior.

A maioria dos 100 manifestantes violentos eram membros do Svoboda, um partido nacionalista que detém poucos lugares no Parlamento.

Como o presidente do Parlamento, Volodymyr Groisman, apelou nesta terça-feira para que todos os partidos políticos condenassem a violência e os protestos em torno do presidente, Petro Poroshenko, e de seus planos para delegar poderes, Lyashko decidiu se opor oficialmente ao presidente e aos seus planos, que eles acreditam que ameaçam a soberania do país.

A descentralização do poder era uma condição exigida pela Rússia para uma trégua assinada em fevereiro destinada a acabar com os conflitos entre o governo ucraniano e tropas separatistas apoiadas pela Rússia, que deixou mais de 6.800 mortos desde abril de 2014.

Lyashko, que ficou em terceiro lugar na eleição presidencial de maio 2014, disse em Kiev que irá exigir um referendo para discutir a medida.

"Só o povo ucraniano como uma fonte de poder tem o direito de dizer em que tipo de país eles devem viver", disse Lyashko em comentários realizados por agências de notícias ucranianas.

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