América Latina será uma das regiões com maior representação de mais alto nível na cúpula (Marcello Casal Jr/ABr)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h49.
Rio de Janeiro - Quase todos os países latino-americanos estarão representados a partir desta quarta-feira em nível presidencial na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).
Venezuela, Paraguai, Guatemala, Honduras e Panamá são os únicos países da região que confirmaram que não enviarão seus mais altos representantes ao Rio de Janeiro por diferentes motivos.
O Brasil e a ONU indicaram que mais de 100 chefes de Estado ou de governo participarão entre esta quarta e sexta-feira da Rio+20, mas se abstiveram de detalhar os confirmados.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, que se recupera de um tratamento contra um câncer, estará representado no Brasil por seu chanceler, Nicolás Maduro.
O chefe de Estado do Paraguai, Fernando Lugo, anunciou nesta terça-feira o cancelamento de sua viagem ao Rio devido ao grave conflito armado entre policiais e camponeses em seu país, onde 17 pessoas morreram na sexta-feira passada.
Esse tiroteio, ocorrido durante o despejo de uma fazenda ocupada pelos camponeses sem-terra, motivou uma declaração que condena a intervenção policial por parte dos movimentos sociais que se reúnem na Cúpula dos Povos, principal evento paralelo à Rio+20.
O Panamá estará representado no Rio por seu vice-chanceler, Francisco Álvarez de Soto, e pelo ministro de Desenvolvimento Agropecuário, Óscar Osorio, enquanto Honduras enviará seu chanceler, Arturo Corrales.
A conta de US$ 20 mil que teria custado a viagem foi o motivo que levou a Guatemala a cancelar a participação de seu vice-presidente, Roxana Baldetti, já que o governo está adotando medidas de austeridade e preferiu enviar apenas seu chanceler, Harold Caballeros.
Para evitar o esvaziamento dos países com menos recursos econômicos, o Brasil se ofereceu a custear a viagem de várias nações caribenhas e africanas.
Aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) transportarão ao Rio os representantes de Barbados, Granada, São Cristóvão e Névis, Antígua e Barbuda, Dominica, Libéria, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Malauí e Serra Leoa.
Apesar dessas ausências, a América Latina será uma das regiões com maior representação de mais alto nível na cúpula, já que muitos líderes europeus também não devem viajar ao Rio devido devido ao alto custo da viagem, especialmente em tempos de crise econômica.