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Maioria dos colombianos não quer diálogo de paz com as Farc

Segundo pesquisa da consultora Datexco, 47,5% acham que ante as recentes agressões o certo seria suspender as negociações com os guerrilheiros


	Soldados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) monitoram área de mata em Caquetá, sul da Colômbia
 (Pedro Ugarte/AFP)

Soldados das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) monitoram área de mata em Caquetá, sul da Colômbia (Pedro Ugarte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2015 às 14h01.

A intensificação da ofensiva da guerrilha das Farc na Colômbia, com emboscadas e atentados contra as infraestruturas elétrica e petroleira, levou 47,5% das pessoas entrevistadas em uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira a opinar que o governo deve suspender as negociações de paz.

Segundo a pesquisa da consultora Datexco, realizada em meio aos ataques rebeldes que deixaram três policiais mortos e mais de 470.000 pessoas sem luz no sudoeste do país, 47,5% acham que ante essas agressões o certo seria suspender as negociações com os guerrilheiros.

Por outro lado, 17,8% dos entrevistados acham que o governo deve continuar negociando mesmo em meio ao conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), como vem fazendo em Cuba desde novembro de 2012.

Outras opções mencionadas na pesquisa da emissora W Radio e do jornal El Tiempo foram que o governo deve propor um cessar-fogo bilateral pedido pela guerrilha (9,4%) ou promover mobilizações sociais contra as Farc (6,8%).

Um novo ataque contra uma torre de energia, que ocorreu na noite de quarta-feira e que foi atribuído aos guerrilheiros das Farc, deixou sem eletricidade mais de 400 mil habitantes no departamento de Caquetá, localizado no sul da Colômbia, informou nesta quinta-feira as autoridades.

A Polícia Nacional lamentou o ataque enquanto um acordo de paz em Cuba entre a guerrilha e o governo colombiano é negociado desde 2012.

Em viagem à Europa, o presidente Juan Manuel Santos rejeitou o ataque, bem como outros que ocorreram nos últimos dias e que também afetaram os cidadãos e o meio ambiente.

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