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Maioria dos americanos rejeita abordagem migratória de Trump

Segundo a pesquisa, realizada pela emissora "CNN", seis de cada dez americanos dizem estar muito preocupados perante as medidas excessivas do governo

Protesto: entre os republicanos, 55% se opõem às tentativas de deportação de todas as pessoas que vivem nos EUA ilegalmente (Brian Snyder/Reuters)

Protesto: entre os republicanos, 55% se opõem às tentativas de deportação de todas as pessoas que vivem nos EUA ilegalmente (Brian Snyder/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de março de 2017 às 14h51.

Washington - A maioria dos americanos não concorda com as abordagens de seu presidente, Donald Trump, sobre imigração, sendo que quase dois terços da população preferem um caminho que busque um status legal para os imigrantes ilegais ao invés de deportações maciças, indicou uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira.

Segundo a pesquisa, realizada pela emissora "CNN", seis de cada dez americanos dizem estar muito preocupados perante as medidas excessivas do governo sobre as deportações.

No total, 60% dos indagados asseguram que a máxima prioridade da Casa Branca quanto à imigração ilegal deveria ser desenvolver um plano que permita aos imigrantes ilegais que fazem parte da força de trabalho se transformarem em residentes legais.

Ao contrário, 26% consideram que a maior prioridade deve ser desenvolver um plano para deter os cruzamentos ilegais na fronteira, enquanto 13% acreditam que as deportações devem ser a primeira medida.

Embora o líder tenha feito campanha contra a "anistia" para imigrantes ilegais, evitou rescindir as medidas migratórias impulsionadas pelo ex-presidente Barack Obama para proteger os jovens imigrantes ilegais que chegaram sendo crianças ao país.

De fato, em seu discurso perante a sessão conjunta do Congresso há algumas semanas, Trump indicou que está aberto a dialogar para impulsionar um texto de reforma migratória integral, embora não tenha dado muitos detalhes.

A pesquisa revela, além disso, que 90% da população apoia oferecer um caminho à cidadania americana aos imigrantes que estão ilegais mas têm trabalho, falam inglês e além disso pagam impostos.

Em seus primeiros dias na Casa Branca, Trump implementou certas medidas para reforçar a fronteira que incluíam um fortalecimento das forças de deportação e dos agentes fronteiriços, assim como a criação de um escritório para as vítimas de imigrantes criminosos.

No entanto, o estudo aponta que os americanos estão mais preocupados pelo impacto das deportações no país (58%) do que pela criminalidade dos imigrantes (40%).

Quanto às prioridades de deportação, sete de cada 10 dizem que o governo não deve tentar deportar ilegalmente todos os imigrantes que vivem no país, um número que há meses era um pouco menor (66%).

Entre os republicanos, 55% se opõem às tentativas de deportação de todas as pessoas que vivem nos EUA ilegalmente, algo ao qual se opõem 86% dos democratas e 71% dos independentes.

A pesquisa foi realizada com 1.025 adultos americanos de maneira telefônica de 1 a 4 de março, e tem uma margem de erro de mais ou menos 3 pontos percentuais.

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