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Maioria da oposição não será revanchista, diz Capriles

Líder da oposição venezuelana afirmou que a maioria legislativa de oposição que assume hoje "não será revanchista"


	Henrique Capriles: "Não é a Assembleia da oposição, mas da solução aos problemas do país", disse o venezuelano
 (Federico Parra/AFP)

Henrique Capriles: "Não é a Assembleia da oposição, mas da solução aos problemas do país", disse o venezuelano (Federico Parra/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 15h24.

Caracas - O candidato derrotado nas duas últimas eleições presidenciais da Venezuela, Henrique Capriles, gafirmou nesta terça-feira que a maioria legislativa de oposição ao presidente, Nicolás Maduro, que assume hoje "não será revanchista".

"Esta não é a Assembleia Nacional (AN da revanche da oposição; não é a Assembleia da oposição, mas da solução aos problemas do país", declarou Capriles, convidado ao evento de posse dos deputados, eleitos no dia 6 de dezembro.

Os deputados tomarão posse hoje de seus cargos, pondo fim à hegemonia parlamentar chavista dos últimos 17 anos, depois de a oposição obter 112 deputados e o governo 55.

A maioria legislativa opositora, repetiu Capriles, se dedicará "a resolver os problemas dos venezuelanos", principalmente os econômicos, porque a Venezuela "fechou 2015 com uma inflação do 270% (segundo números não oficiais) e isso não pode ser varrido para baixo do tapete".

O tema econômico "é um dos grandes temas do país, mas não o único grande problema". Ele destacou ainda "a alta taxa de criminalidade", aos jornalistas.

Em 2015 "houve 27 mil assassinatos; ou seja, ano passado mataram um venezuelano a cada vinte minutos. Estamos falando de um país em guerra, onde a criminalidade saiu do controle do Estado".

A Venezuela precisa, afirmou Capriles, "de uma promotoria que funcione, juízes do Tribunal Supremo de Justiça que não estejam em função do governo, de uma Controladoria que faça seu trabalho. Definitivamente, precisamos de institucionalidade", ressaltou. 

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