Barack Obama: 46% dos entrevistados disseram que se agências e programas do governo começarem a fechar, a culpa seria dos parlamentares republicanos, e 36% disseram que iriam culpar Obama (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 11h07.
Washington - Mais pessoas vão culpar os parlamentares republicanos do que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se o governo central sofrer uma paralisação esta semana, e a maioria deseja um acordo orçamentário para evitar a interrupção do financiamento dos serviços federais, revelou uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira.
Quarenta e seis por cento dos entrevistados disseram que se as agências e programas do governo começarem a fechar na terça-feira, a culpa seria dos parlamentares republicanos, enquanto 36 por cento disseram que iriam culpar Obama, de acordo com a pesquisa da CNN. Treze por cento disseram que ambos seriam culpados.
Cerca de 60 por cento dos 803 adultos norte-americanos entrevistados disseram querer que os parlamentares aprovem um acordo orçamentário para evitar a paralisação do governo, de acordo com a pesquisa realizada no fim de semana por telefone.
O governo dos EUA tem prazo até meia-noite desta segunda-feira para evitar uma paralisação do governo. Republicanos e democratas culpam uns aos outros pelo impasse sobre o financiamento do governo, o que pode forçar agências e programas federais a fechar as portas pela primeira vez em 17 anos.
A Câmara dos Deputados, controlada pelos republicanos, aprovou no domingo uma medida tentando amarrar o financiamento do governo a um adiamento na implantação da reforma do sistema de saúde proposta pelo governo Obama. O Senado, controlado pelos democratas, deve votar o projeto às 15h (horário de Brasília) e os senadores democratas prometeram anular o projeto da Câmara.
A pesquisa da CNN mostrou que a reforma do sistema de saúde, conhecida como "Obamacare", não é popular, mas que a maioria das pessoas considera mais importante o financiamento do governo federal.
Enquanto 57 por cento dos entrevistados disseram que se opõem à lei de saúde, 60 por cento disseram que "é mais importante para o Congresso evitar uma paralisação do que fazer grandes mudanças na nova lei de saúde", disse a CNN.