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Maior inundação do século já matou mais de 180 pessoas na Europa

Inundações causadas por violentas chuvas que atingiram a Europa Ocidental já mataram mais de 180 pessoas e milhares estão desaparecidas, segundo autoridades locais.

Merkel visita área atingida por enchentes na Alemanha (Christof Stache/Pool/Reuters)

Merkel visita área atingida por enchentes na Alemanha (Christof Stache/Pool/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2021 às 17h12.

Última atualização em 19 de julho de 2021 às 12h42.

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As inundações causadas por violentas chuvas que atingiram uma faixa da Europa Ocidental já mataram mais de 180 pessoas e milhares estão desaparecidas, segundo números divulgados pelas autoridades locais. As chuvas, que começaram na quinta-feira, arrastaram vilarejos inteiros após um temporal de verão (no Hemisfério Norte) em níveis que não eram vistos na região havia um século.

A chanceler alemã, Angela Merkel, foi neste domingo, 18, a uma das regiões mais afetadas pelas devastadoras enchentes no oeste da Alemanha. A visita ocorre enquanto o número de mortos no país chega a 156 pessoas e o perigo de transbordamentos aumenta nas regiões leste e sul.

O governo da Bélgica confirmou ontem 24 óbitos, mas estima que haja mais mortos na tragédia.

Até ontem a maioria dos desaparecidos havia sido contabilizada, mas o recuo das águas começava a revelar a extensão dos danos. “Muitas pessoas perderam tudo o que passaram suas vidas construindo. Seus pertences, sua casa, o telhado sobre suas cabeças”, disse o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, após visitar a cidade de Erftstadt. Os militares alemães usam veículos blindados para remover carros e caminhões arrastados pelas enchentes em uma estrada próxima à cidade. Até a tarde de ontem, nenhuma vítima foi encontrada nos veículos, disseram as autoridades.

    Na área de Ahrweiler, a polícia alertou sobre um risco potencial de linhas de transmissão de energia que desabaram. Muitas áreas ainda estão sem eletricidade e telefone.

    Fortes inundações também afetaram Holanda, Luxemburgo e Suíça, e alertas foram emitidos em regiões da França.

    No sul da Holanda, voluntários trabalharam para escorar diques e proteger as estradas. Milhares de moradores puderam voltar para casa na manhã de ontem, após terem deixado as residências entre quinta e sexta-feira.

    A tempestade - em níveis não vistos na região nos últimos 100 anos - desencadeou apelos para que se acelerem as ações contra as mudanças climáticas e a proteção contra enchentes em meio a eventos climáticos irregulares. A tragédia ocorre um dia depois de a UE anunciar planos ambiciosos para reduzir, em menos de uma década, as emissões líquidas de gases do efeito estufa em pelo menos 55% abaixo dos níveis de 1990.

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