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Maior contração desde 1929? Vem aí o relatório do FMI

O relatório econômico do Fundo Monetário Internacional deve mostrar que 170 dos 189 países membros devem ter uma queda no PIB per capita em 2020

Fábrica da Volkswagen: perspectiva sombria para economias avançadas e em desenvolvimento (Rafael Marchante/Reuters)

Fábrica da Volkswagen: perspectiva sombria para economias avançadas e em desenvolvimento (Rafael Marchante/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2020 às 06h21.

Última atualização em 14 de abril de 2020 às 06h55.

As projeções de crescimento da economia mundial devem sofrer um forte impacto por causa da crise do novo coronavírus. Nesta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) divulga o seu relatório semestral sobre o desempenho da economia global, o World Economic Outlook, já considerando os prejuízos causados pela pandemia e a paralisação das atividades em diversos países.

O relatório será publicado às 9h30 e deve trazer as projeções de crescimento (ou, no caso, de retração) para os países ricos e também para as economias dos países emergentes, entre eles o Brasil e a China.

A expectativa é que o FMI deve apontar que o mundo caminha para a mais profunda e severa crise econômica em quase um século. Em um discurso na semana passada, a diretora-geral da entidade, Kristalina Georgieva, adiantou que o relatório deve mostrar que o FMI espera a maior retração econômica global desde a Crise de 1929.

Georgieva também ressaltou que o mundo deve vivenciar um empobrecimento generalizado. Segundo ela, 170 dos 189 países membros do FMI devem ter uma queda no PIB per capita em 2020. No início do ano, a expectativa era de que o PIB per capita cresceria em 160 países.

“A perspectiva sombria se aplica tanto a economias avançadas e quanto para as economias em desenvolvimento. Esta crise não conhece fronteiras. Todo mundo sofre”, disse ela em seu discurso.

A diretora do FMI também afirmou que mais de 90 países já recorreram a mecanismos de financiamento emergencial da entidade e que a ajuda pode chegar a cerca de 100 bilhões de dólares, o triplo do que foi necessário para socorrer os países na crise de 2008.

A expectativa da entidade é de que pode haver uma recuperação parcial em 2021, mas a enorme incerteza em relação à propagação do vírus e às medidas de isolamento social pode fazer com que a crise seja mais prolongada. Nunca o Fundo Monetário Internacional – e coordenação internacional – foi tão necessária e urgente.

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