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Magnata egípcio promete investir "mais do que nunca" no país

Naguib Sawiris disse que governo do presidente islâmico tentou atingir seus negócios familiares com impostos excepcionais


	Naguib Sawiris: grupo Orascom é um dos maiores empregadores privados do Egito, gerando trabalho a mais de 100 mil egípcios, segundo empresário
 (Divulgação)

Naguib Sawiris: grupo Orascom é um dos maiores empregadores privados do Egito, gerando trabalho a mais de 100 mil egípcios, segundo empresário (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 09h36.

Cairo - O magnata egípcio Naguib Sawiris, cuja família controla o império corporativo Orascom, disse que ele e seu irmão irão investir "como nunca" no Egito, depois da derrubada de um presidente que ele acusava de intimidar seus oponentes.

Sawiris, um cristão e um conhecido crítico de Mohamed Mursi, disse à Reuters que o governo do presidente islâmico tentou cooptar executivos ou, no caso dele que estava na oposição, atingir seus negócios familiares com impostos excepcionais.

Mais velho de três irmãos bilionários, Sawiris passou grande parte do ano num autoexílio, voltando ao Egito em maio, depois que as autoridades arquivaram denúncias de evasão tributária envolvendo a Orascom Construction Industries (OCI), dirigida por seu irmão Nassef Sawiris.

O grupo Orascom é um dos maiores empregadores privados do Egito -ele gera trabalho a mais de 100 mil egípcios, segundo Sawiris, que atualmente dirige uma nova firma de investimentos, a Orascom Telecom, Media and Technology.

"Minha família e eu vamos investir no Egito como nunca antes qualquer novo projeto onde pudermos nos interessar, novas fábricas que possamos abrir, quaisquer novas iniciativas que gerem empregos para os jovens do Egito", disse ele, sem entrar em detalhes.

"Tenho muita certeza de que o Egito irá voltar muito fortemente agora", disse ele em entrevista telefônica no domingo, falando de um iate na costa da ilha grega de Mikonos, onde passa férias.

As declarações de um dos principais empresários egípcios podem contribuir para a retomada da confiança em uma nação assolada por dois anos e meio de crise política e econômica. A quebra imediata do país foi evitada com a bilionária ajuda de países árabes do golfo Pérsico depois da intervenção militar que derrubou Mursi, em 3 de julho.

O empresário disse que manteve contatos com os governos do Kuweit e Emirados Árabes pedindo ajuda financeira para o Egito, mas que "não precisei convencê-los muito, eles já estavam convencidos".

Mursi foi derrubado após gigantescas manifestações populares nas ruas, em que ele era acusado de dar um viés excessivamente islâmico ao seu mandato.

"Há duas opiniões, uma que as pessoas que saíram em 30 de junho deveriam voltar às praças, meu argumento é que deveríamos voltar ao nosso trabalho e reconstruir nosso país", disse Sawiris, referindo-se à data que marcou o início das grandes manifestações contra Mursi.

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