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Mãe de vítima de neonazista afirma que não falará com Trump

Declaração ocorre após Trump dizer que tanto os manifestantes supremacistas como os opositores que protestavam tinham "parte de culpa" pelo ocorrido

Susan Bro: "não tinha visto as notícias até ontem à noite e não vou falar com o presidente depois do que ele disse" (Jonathan Ernst/Reuters)

Susan Bro: "não tinha visto as notícias até ontem à noite e não vou falar com o presidente depois do que ele disse" (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de agosto de 2017 às 11h49.

Washington - Susan Bro, a mãe de Heather Heyer, a jovem que morreu no final de semana em Charlottesville (Virgínia) atropelada por um supremacista branco, afirmou nesta sexta-feira que não falará com o presidente dos EUA, Donald Trump, depois que este "equiparou" os manifestantes com os neonazistas.

"Não tinha visto as notícias até ontem à noite e não vou falar com o presidente depois do que ele disse", afirmou hoje Bro em uma entrevista à emissora "ABC" depois que a Casa Branca anunciou o interesse do governante em falar com ela.

"Não é que tenha visto os tweets de alguém sobre ele, vi seu vídeo em uma coletiva de imprensa equiparando os manifestantes com KKK (Ku Klux Klan) e os brancos supremacistas", assegurou.

Bro se referia assim ao comparecimento perante os jornalistas de terça-feira em Nova York, no qual Trump apontou que tanto os manifestantes supremacistas como os opositores que protestaram contra o racismo tinham "parte de culpa" pelo ocorrido.

"Não pode simplesmente me dar a mão e dizer 'sinto muito'. Não vou perdoá-lo por isso", acrescentou Bro.

Heyer, de 32 anos, morreu ao ser atropelada por um veículo que foi jogado contra uma multidão de pessoas que protestava em uma manifestação antiracista contra os supremacistas brancos em Charlottesville (Virgínia) no sábado.

O suposto motorista, James Alex Fields Jr., foi fotografado assistindo à marcha de neonazistas e foi detido e acusado de assassinato em segundo grau após o atropelamento, no qual 20 pessoas ficaram feridas.

Bro em um primeiro momento agradeceu as palavras de Trump de segunda-feira quando condenou o ódio e o fanatismo, mas quando o governante apontou na terça-feira que era preciso responsabilizar os dois grupos pelos fatos violentos de Charlottesville, mudou de opinião.

Trump havia mostrado interesse de conversar com Bro, ainda que indicou que esperaria o momento adequado para respeitar o difícil momento da família.

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