Em entrevista à revista francesa L’Express, Mansouret revelou que a relação aconteceu em 2000 e foi consensual (AFP / Fred Dufour)
Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2011 às 13h36.
Paris - O caso do ex-diretor do FMI Dominique Strauss-Kahn teve mais uma reviravolta na noite da última segunda-feira quando a mãe de Tristane Banon, a jornalista francesa que o acusa de tentativa de estupro, admitiu ter feito “sexo consensual e brutal” com ele. Anne Mansouret também confessou ter convencido sua filha a não prestar queixas contra DSK na época do incidente, em 2003, o que levou Tristane a entrar na Justiça somente após uma camareira do hotel Sofitel de Nova York tê-lo acusado de abuso sexual.
Em entrevista à revista francesa L’Express, Mansouret revelou que a relação aconteceu em 2000 e foi consensual, mas que Strauss-Kahn "agiu com a brutalidade de um soldado". Segundo ela, o encontro ocorreu no escritório de Paris da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), na qual Strauss-Kahn era conselheiro especial do secretário-geral, e nem a sua própria filha sabia do ocorrido.
Mansouret disse que só revelou o caso agora porque quer confrontar a imagem construída por amigos de Strauss-Kahn que está ganhando força - a de que ele é um “sedutor”, não um “estuprador”. Ela também disse que, depois que sua filha contou que ele havia tentado estuprá-la, Mansouret entrou em contato com sua amiga e ex-mulher de DSK, Brigitte Guillemette. Surpresa, apesar de ter dito que sabia da atração do ex-chefe do FMI por mulheres jovens, Guillemette teria confrontado Strauss-Kahn sobre o ocorrido, obtendo a seguinte resposta: “Eu não sei o que aconteceu comigo. Eu dormi com a mãe... Perdi o controle quando vi a filha”.
Strauss-Kahn sempre negou as ascusações de estupro.