O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: "Estamos enfrentando uma crise em grande escala que vai gerar uma luta de poder entre dois polos: os patriotas e os anti-patriotas" (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2015 às 17h21.
CARACAS - Na esteira da derrota eleitoral da semana passada, o presidente Nicolas Maduro advertiu neste sábado para uma "crise de grande escala" na Venezuela com o confronto entre o governo socialista e o Congresso liderado pela oposição.
A coalizão Unidade Democrática assumiu dois terços na votação da nova Assembleia Nacional, ganhando uma plataforma poderosa para combater o governo de Maduro e potencialmente abalando instituições amigáveis para os socialistas.
"Estamos enfrentando uma crise em grande escala que vai gerar uma luta de poder entre dois polos: os patriotas e os anti-patriotas", disse Maduro em discurso para militares.
A oposição disse que sua prioridade é uma lei de anistia para os ativistas presos, mas Maduro insiste que vai se recusar a assinar.
Numa tentativa de minimizar o poder de manobra da oposição, a parlamento prestes a deixar o poder, dominado pelo Partido Socialista no poder, aprovou créditos orçamentários extras e promoveu o juiz que prendeu o líder da oposição Leopoldo Lopez.
O governo também está tentando novas nomeações para o Supremo Tribunal, onde potenciais controvérsias constitucionais entre o Legislativo e o Executivo poderiam ser decididas.
A eleição no último fim de semana contra candidatos da Maduro foi amplamente vista como um protesto contra a recessão brutal da Venezuela, maior inflação e escassez de tudo desde leite até medicamentos.