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Venezuela terá semana de 4 dias para economizar energia

Presidente Nicolás Maduro diminuiu a duração da semana útil para atender à emergência nacional ocasionada pela seca


	Recessão na Venezuela: sextas-feiras não serão mais dias úteis no país durante abril e maio, como forma de economizar energia.
 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Recessão na Venezuela: sextas-feiras não serão mais dias úteis no país durante abril e maio, como forma de economizar energia. (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2016 às 06h41.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reduziu nesta quarta-feira os dias úteis da semana de trabalho no país de cinco para quatro, uma medida que faz parte de um plano de dois meses para atender à emergência nacional ocasionada pela seca.

Maduro estabeleceu, através de um decreto presidencial que será publicado nesta quinta-feira, "todas as sexta-feiras como dias não laborais a partir desta semana, durante os meses de abril e maio", segundo ele mesmo anunciou através do canal estatal de televisão "VTV", sem detalhar se esta medida abrangerá os setores público e privado.

O "plano de atendimento de emergência" será de oito semanas, durante as quais Maduro pediu "máxima colaboração de todo o país".

"Durante este plano de 60 dias (de 6 de abril a 6 de junho), dois meses, vamos passar pelo momento mais difícil, de maior risco, e tenho certeza que o vamos superá-lo sem muitos problemas", afirmou o presidente venezuelano.

Além disso, Maduro ordenou a ampliação da capacidade de autogeração de energia elétrica dos shoppings, que passará de quatro para nove horas, e aqueles que não conseguirem garantir essa capacidade serão objeto de "medidas especiais para garantir a economia", disse.

"Contra situações extremas da natureza, precisamos de consciência extrema", aconselhou o presidente, que também solicitou "disciplina" à população.

Além disso, Maduro se dirigiu diretamente aos usuários residenciais e pediu prudência na utilização de eletrodomésticos, ar-condicionado, e outros aparelhos que consomem muita energia.

"Se não conseguirmos economizar no âmbito residencial, todas estas medidas simplesmente não serão suficientes", alertou.

As autoridades explicaram que as medidas servem para enfrentar as consequências da seca ocasionada pelo fenômeno climático do El Niño, que diminuiu os níveis da represa de Guri, que alimenta a principal usina hidrelétrica do país, e de vários rios e cursos d'água, que estão em seus níveis mais baixos.

Além disso, foi determinado um plano para o racionamento de água, cujo fornecimento será limitado a poucas horas em várias áreas do país.

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