Nicolás Maduro: "em 2015, teremos 500 mil milicianos e milicianas e, em 2019, conforme aprovei hoje, devemos chegar a 1 milhão", disse (Miraflores Palace/Handout via Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2013 às 13h36.
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira a meta de formar, no total, 1 milhão de milicianos até 2019, que terão como tarefa fortalecer a defesa da revolução bolivariana.
"Em 2015, teremos 500 mil milicianos e milicianas e, em 2019, conforme aprovei hoje, devemos chegar a 1 milhão de milicianos para o fortalecimento da Milícia Nacional Bolivariana", disse Maduro.
O líder fez os anúncios durante uma reunião com o alto comando da Milícia Nacional Bolivariana, criada durante o governo de Hugo Chávez e organizada no âmbito das Forças Armadas.
A Milícia Bolivariana está formada por civis armados e abriga em seu interior a "milícia territorial" - definida como o "povo em armas" - e os "corpos combatentes", integrados por membros de instituições públicas, universidades e empresas.
Durante o discurso, Maduro reiterou que a Venezuela enfrenta uma "guerra econômica" e sustentou que, nas Forças Armadas, "há suficiente força moral para aguentar as investidas", ao mesmo tempo em que defendeu uma maior profissionalização dos milicianos.
"Todos têm que ter seu uniforme, suas equipes, seu armamento, sua orientação", disse, em um encontro realizado no Quartel da Montanha de Caracas, onde Chávez está sepultado.
A Milícia Bolivariana participa de distintas tarefas em defesa da revolução bolivariana e recentemente o governo dispôs que os milicianos sejam enviados aos supermercados para reforçar o atendimento aos clientes e ajudar a reduzir as filas que costumam se formar nesses estabelecimentos.
Maduro ordenou, além disso, em maio, que os altos comandantes militares criassem as Milícias Operárias com os trabalhadores "para a defesa da soberania nacional" e também como elemento para garantir, disse, a "estabilidade da revolução bolivariana".