O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta quarta-feira que pediu à Suprema Corte do país, controlada pelo chavismo, para realizar uma auditoria da eleição presidencial de domingo, depois que a oposição contestou sua alegação de vitória e em meio a apelos internacionais para que fossem divulgadas as contagens detalhadas dos votos.
Maduro disse aos repórteres nesta quarta-feira que o partido governista também está pronto para mostrar a totalidade das cédulas eleitorais.
Ele insiste que venceu a eleição, apesar de seu principal opositor, Edmundo González Urrutia, e da líder da oposição, Maria Corina Machado, afirmarem que obtiveram mais de dois terços dos votos após o fechamento das urnas no domingo.
Reação internacional
A pressão conta Maduro tem aumentado. O presidente colombiano, Gustavo Petro, um aliado próximo, juntou-se a outros líderes estrangeiros nesta quarta-feira para instá-lo a divulgar a contagem detalhada dos votos. A União Europeia e a Espanha também juntaram suas vozes aos crescentes pedidos de transparência três dias depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou Maduro como o vencedor com 51% das cédulas de votação, mas sem fornecer um detalhamento.
Enquanto isso, a oposição diz que sua própria contagem dos resultados nas seções eleitorais mostrou que Gonzalez Urrutia, um diplomata aposentado de 74 anos, venceu por uma ampla margem.
Segundo a líder da oposição, Maria Corina Machado, que foi substituída por Urrutia após ser impedida de concorrer, 16 pessoas foram mortas em protesto contra o resultado da eleição.
“Essa é a resposta criminosa de Maduro ao povo venezuelano que saiu às ruas como família, como comunidade, para defender sua decisão soberana de ser livre”, escreveu ela.
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Maria Corina Machado
(A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado (c), participa de passeio político em Guanare, estado de Portuguesa (Venezuela). Venezuela realizará eleições presidenciais em 28 de julho de 2024)
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Nicolás Maduro
(O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta terça-feira, em área popular de Caracas (Venezuela). Maduro convidou os seus seguidores a celebrar no Palácio Miraflores – sede do Governo – em Caracas, o seu “triunfo” nas eleições de 28 de julho, quando competirá contra nove adversários pelo próximo mandato de seis anos no poder)
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Edmundo Gonzáles Urrutia
(O candidato presidencial venezuelano Edmundo Gonzalez (C) fala a estudantes ao lado de sua esposa Mercedes Lopez (2ª-L) e da líder da oposição venelana Maria Corina Machado (R) durzueante um comício de campanha na Universidade Central da Venezuela em Caracas, em 14 de julho de 2024)
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(A líder da oposição venezuelana María Corina Machado cumprimenta apoiadores nesta quarta-feira, em evento de campanha em Guanare (Venezuela). Machado afirmou que existe um movimento social de todas as idades e em todas as regiões do país pela “libertação”, mas também pela redenção, porque – disse – os venezuelanos devem curar as suas feridas e reunir-se)
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(Fotografia cedida pelo Palácio Miraflores do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cumprimentando apoiadores durante evento de campanha nesta quarta-feira, em Caracas (Venezuela). Maduro pediu a milhares de trabalhadores que se reuniram em Caracas que votassem, antes das eleições de 28 de julho, ao mesmo tempo que prometeu recuperar os salários da classe trabalhadora, reduzidos durante os seus 11 anos de governo)
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Nicolás Maduro
(Seguidores do presidente da Venezuela e candidato presidencial, Nicolás Maduro, participam esta terça-feira num evento de campanha, numa zona popular de Caracas (Venezuela). Maduro disse que um “morruñeco (tolo)” não pode aspirar à presidência de um país, por isso destacou a importância de “ter saúde” para realizar esse trabalho e assumir os seus compromissos)
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(O presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, discursa em evento de campanha nesta quinta-feira, em Caracas (Venezuela))
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Apoiadores do presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, seguram cartazes em evento de campanha em Caracas (Venezuela)
(Apoiadores do presidente da Venezuela e candidato à reeleição, Nicolás Maduro, seguram cartazes em evento de campanha nesta quinta-feira, em Caracas (Venezuela))