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Maduro pede que militares lubrifiquem fuzis após "ameaça" dos EUA

O presidente afirmou que a Venezuela está sendo ameaçada descaradamente pelo "império mais criminoso que já existiu"

Maduro: "Temos a obrigação de nos preparar para garantir a paz" (Miraflores Palace/Reuters)

Maduro: "Temos a obrigação de nos preparar para garantir a paz" (Miraflores Palace/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de setembro de 2017 às 20h05.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apelou nesta terça-feira às Forças Armadas para que "lubrifiquem" os fuzis diante das ameaças de seu homólogo americano, Donald Trump.

"Estamos sendo ameaçados descaradamente pelo império mais criminoso que já existiu e temos a obrigação de nos preparar para garantir a paz", disse Maduro durante uma cerimônia na base aérea Libertador, na cidade de Maracay (norte).

Dois dias após Trump incluir a Venezuela na lista de países com restrições para viagens aos Estados Unidos, Maduro destacou que para obter a "prosperidade" é necessário "ter os fuzis, os mísseis e os tanques bem lubrificados, preparados (...) para defender cada palmo do território" venezuelano.

Trump já proibiu administrar nova dívida emitida pelo governo venezuelano e a estatal de petróleoPDVSA, e impôs sanções financeiras a Maduro e a cerca de 20 funcionários e ex-colaboradores.

Em agosto passado, Trump não descartou o uso da força para pressionar Caracas a restabelecer a democracia.

"O futuro da humanidade não pode ser o mundo das sanções ilegais, da perseguição econômica, assinalou Maduro, vestido com uma camisa verde oliva e uma boina militar.

O líder venezuelano pediu às Forças Armadas "máxima lealdade", enquanto centenas de soldados realizavam manobras terrestres e aéreas, incluindo um desembarque de tropas e combates corpo a corpo.

Aviões de fabricação russa sobrevoaram a base durante a cerimônia, na qual também desfilaram tanques, veículos blindados e mísseis.

"A Venezuela conta hoje com o sistema de mísseis mais moderno que as Forças Armadas já possuíram em sua história", destacou Maduro, em claro desafio a Trump, que chama o líder chavista de "ditador".

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