Maduro: o presidente afirmou que o armazenamento de ajuda para a Venezuela na cidade colombiana de Cúcuta, que faz fronteira com o país, foi uma "provocação" (Carlos Barria/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 14h24.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2019 às 15h09.
Caracas — O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou nesta quinta-feira (21) o fechamento fronteira entre seu país e o Brasil, hoje à noite, depois que o governo brasileiro prometeu enviar ajuda humanitária para ao território venezuelano.
Disse, ainda, que avalia fazer o mesmo na fronteira da Venezuela com a Colômbia diante dos planos da oposição, que é liderada por Juan Guaidó, de trazer ajuda humanitária, apesar de sua objeção.
Em declarações na televisão, o presidente afirmou que o armazenamento de ajuda para a Venezuela na cidade colombiana de Cúcuta, que faz fronteira com o país, foi uma "provocação". Ele argumenta que os planos da oposição são um "show barato" para prejudicar seu governo.
Maduro toma a decisão próximo da data em que a oposição venezuelana vai iniciar uma operação com auxílio dos dois países vizinhos e dos Estados Unidos para entregar ajuda humanitária à Venezuela.
Nesta quinta-feira, o líder opositor, Juan Guaidó, anunciou que brigadas de voluntários — que ele espera que cheguem a um milhão — vão buscar a ajuda em vários pontos nos estados de Táchira (oeste) e Bolívar (sul), fronteiriços com Cúcuta (Colômbia) e Roraima (Brasil), onde há centros de distribuição, e a Puerto Cabello e La Guaira — os dois principais portos do país.
Em Cúcuta fica o principal centro de distribuição de remédios e alimentos enviados pelos Estados Unidos e a localidade será, na sexta-feira (22), palco de um megaconcerto em uma extremidade da ponte binacional Tienditas, organizado pelo bilionário Richard Branson para arrecadar 100 milhões de dólares.
Em pronunciamento, Maduro assegurou que a ajuda humanitária é uma estratégia de Donald Trump, presidente dos EUA. "Donald Trump não sabe onde fica a Venezuela (…) Inventaram uma suposta ajuda humanitária de uma comida podre, cancerígena e querem introduzi-la à força”, disse o chavista.
(Com EFE, Reuters e AFP)