O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: “Yankees, go home [voltem para casa]” (Leo Ramirez/AFP)
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 21h19.
Bogotá – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje (30) que vai expulsar três diplomatas dos Estados Unidos do país.
Segundo ele, os funcionários da embaixada americana em Caracas participaram de reuniões com a oposição no país para elaborar “planos de sabotagem energética e econômica.” “Yankees, go home [voltem para casa]”, disse.
Segundo ele, a decisão foi fruto de uma investigação detalhada. “Investigamos durante vários meses e detectamos que um grupo de funcionários da Embaixada dos Estados Unidos se reuniu com a extrema direita, para financiá-los e apoiá-los em ações de sabotagem elétrica e na área econômica do país. Tenho provas em minhas mãos”, declarou.
Ele disse que deu instruções à Chancelaria do país para notificar os diplomatas Elizabeth Hunderland, David Mutt e Kelly Keiderlinh, para que em 48 horas deixem a Venezuela e regressem aos Estados Unidos. “E não importa as ações que o governo americano adote como resposta”, ressaltou.
No começo de setembro, o país sofreu um apagão elétrico que atingiu 60% do território venezuelano. Dias depois o governo anunciou ter provas de que o sistema fora sabotado. Segundo, Maduro, pela direita do país. Também há problemas inflacionários, com o câmbio paralelo que pressiona o bolívar, moeda venezuelana. Além da alta inflação e uma crise de abastecimento de produtos alimentícios e de higiene.
Além da expulsão dos diplomatas, Maduro também não participou da 68ª Assembleia das Nações Unidas, em Nova York, na semana passada. Ele não compareceu à reunião em protesto, ao acusar o governo dos Estados Unidos de não ter concedido todos os vistos à sua equipe de trabalho. Outro motivo alegado pelo presidente venezuelano para não ir à ONU foi a negativa de sobrevoo que o governo venezuelano recebeu para sobrevoar o espaço aéreo americano em uma viagem à China.
Maduro voltou a dizer que a Venezuela é vítima de um “complô nacional e internacional de desestabilização”. “Vivemos uma guerra, elétrica, econômica e psicológica que pretende acabar com a revolução bolivariana”, disse.