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Maduro obriga companhias aéreas a pagar combustível com criptomoeda local

Petros é uma criptomoeda vetada pelos Estados Unidos e classificada como uma "farsa" pelas plataformas de câmbio na internet

Maduro: O governo cotiza cada petro em cerca de 60 dólares, embora seu valor seja flutuante (Federico Parra/AFP Photo)

Maduro: O governo cotiza cada petro em cerca de 60 dólares, embora seu valor seja flutuante (Federico Parra/AFP Photo)

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AFP

Publicado em 14 de janeiro de 2020 às 21h38.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou nesta terça-feira que a PDVSA fature o combustível que vende às companhias aéreas em petros; uma criptomoeda vetada pelos Estados Unidos e classificada como uma "farsa" pelas plataformas de câmbio na internet.

"Decreto a venda em petros, a partir deste momento, de toda a gasolina que a PDVSA vende para aviões que cobrem as rotas internacionais", afirmou Maduro em sua prestação anual de contas, sem esclarecer quais serão os mecanismos de comercialização do combustível.

A Venezuela sofre desde 2013 um êxodo maciço de companhias aéreas por dívidas estatais de US$ 3,8 bilhões, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).

Isso se deve à falta de divisas para repatriar ganhos em bolívares no âmbito do controle cambial que governa o país, embora tenha sido flexibilizado nos últimos meses.

Maduro também ordenou a venda de 4,5 milhões de barris das "reservas físicas" de petróleo da PDVSA e 150.000 barris por dia de produção venezuelana.

O governante socialista também decretou o uso obrigatório de criptomoeda para serviços como emissão de documentos - incluindo passaportes - e registros da venda de imóveis e veículos.

O governo cotiza cada petro em cerca de 60 dólares, embora seu valor seja flutuante.

Washington, entre suas sanções contra a Venezuela, proibiu a negociação com o petro.

A moeda não está disponível em casas de câmbio virtuais, com o bitcoin e outras criptomoedas, e sites de classificação de risco como o icoindex.com a chamam de "farsa".

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