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Maduro nega que ministro tenha vínculos com o Hezbollah

Tareck El Aissami, de 44 anos e ex-vice-presidente do país, foi incluído pelos Estados Unidos em sua lista de narcotraficantes

MADURO: "Querem vinculá-lo ao Hezbollah, eu conheço bem Tareck, conheço ele muito bem, nunca em sua vida teve contato com ninguém do Hezbollah" (Marco Bello/Reuters)

MADURO: "Querem vinculá-lo ao Hezbollah, eu conheço bem Tareck, conheço ele muito bem, nunca em sua vida teve contato com ninguém do Hezbollah" (Marco Bello/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de julho de 2019 às 09h33.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, saiu em defesa nesta sexta-feira de seu ministro Tareck El Aissami, ao apontar que os Estados Unidos e "traidores" pretendem envolvê-lo com o movimento xiita libanês Hezbollah.

Durante um ato que contou com a presença de El Aissami, ministro da Indústria, Maduro disse que o governo dos Estados Unidos "ataca" o ministro "porque ele é filho de um casal árabe (...), de uma família que está dividida entre a Síria e o Líbano".

"Querem vinculá-lo ao Hezbollah, eu conheço bem Tareck, conheço ele muito bem, nunca em sua vida teve contato com ninguém do Hezbollah", afirmou o mandatário socialista, ressaltando que o movimento libanês é um partido político legal.

Em fevereiro de 2017, El Aissami, de 44 anos e ex-vice-presidente do país, foi incluído pelos Estados Unidos em sua lista de narcotraficantes.

Aliado do Irã, o Hezbollah se encontra na lista de "organizações terroristas" dos Estados Unidos, que por sua vez lidera a pressão internacional para tirar Maduro do poder e para que seja substituído pelo líder parlamentar Juan Guaidó.

No início de fevereiro passado, duas semanas depois de que Guaidó se declarou presidente interino após considerar uma "fraude" a reeleição de Maduro, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou que o Hezbollah estava ativo na Venezuela.

Essa denúncia foi ratificada no fim de junho pelo ex-chefe do serviço de inteligência venezuelano, o general Cristopher Figuera, que fugiu para os Estados Unidos após participar de uma fracassada insurreição militar, liderada por Guaidó, no último 30 de abril.

"Todos os dias o Departamento de Estado e os traidores que foram para lá para se pôr a serviço do império gringo o atacam porque é um homem corajoso, que não tem preço, é um verdadeiro patriota, revolucionário", afirmou Maduro.

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