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Maduro manterá Constituinte apesar de rejeição em referendo

A coalizão de partidos de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) disse que a consulta é vinculativa e que o governo deve acatar os resultados

Venezuela: "a Europa que diga o que quiser, não nos importa o que a Europa diz", declarou Maduro (Marcos Brindicci/Reuters)

Venezuela: "a Europa que diga o que quiser, não nos importa o que a Europa diz", declarou Maduro (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de julho de 2017 às 19h04.

Última atualização em 17 de julho de 2017 às 19h38.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira que vai manter a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, apesar de ontem a oposição ter realizado uma consulta popular na qual quase 7 milhões de pessoas se manifestaram contra uma mudança da Carta Magna.

"Assim a convoco, uma constituinte pela independência e soberania, e a Europa que diga o que quiser, não nos importa o que a Europa diz", declarou Maduro em pronunciamento no palácio presidencial de Miraflores em referência ao apelo que a União Europeia fez para que desistisse da iniciativa.

A coalizão de partidos de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD) disse que a consulta é vinculativa e que o governo deve acatar os resultados, mas o movimento chavista, que apoia Maduro, classificou o referendo como fraudulento.

"Hoje, Federica Mogherini, a chanceler da União Europeia, quis dar ordens ao governo da Venezuela. Insolente que acredita que nós estamos em 1809, quando recebíamos ordens dos impérios europeus. A Venezuela é um país livre, soberano", afirmou Maduro.

Mogherini pediu que Maduro suspenda a Assembleia Nacional Constituinte e alertou que todas as opções, como sanções ao país, estão sobre a mesa para serem usadas.

"Federica Mogherini, você errou de país. A Venezuela não é colônia da União Europeia. Ninguém nos dar ordens. Na Venezuela, quem manda são os venezuelanos", afirmou o presidente.

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