Maduro tentou colar sua imagem a Chávez, enquanto Capriles apostou em promissoras soluções contra os problemas cotidianos (Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2013 às 10h35.
O candidato governista Nicolas Maduro segue liderando a corrida para a eleição presidencial da Venezuela. As preferências por Maduro caíram 9,3 pontos percentuais entre 4 e 11 de abril, enquanto Capriles subiu 1,6 ponto, de acordo com um estudo divulgado por dois dos clientes da Datanalisis fora do país, antes da proibição Venezuela para divulgar novas pesquisas.
O herdeiro político do falecido Hugo Chávez tem intenção de voto de 44,4 por cento, em comparação com 37,2 por cento dos Capriles. A vitória se dá por maioria simples.
Isso coloca os competidores, a uma distância de 7,2 pontos percentuais. Capriles perdeu por 11 pontos na eleição de outubro contra Chávez.
A pesquisa observou que o grupo dos que ainda estão indecisos ou não quis dar uma resposta aumentou para 18,4 por cento, contra 12,2 por cento na semana anterior.
Nesse cenário, a capacidade de mobilizar os partidos políticos se torna mais importante, especialmente porque o voto não é obrigatório no país caribenho.
Analistas disseram que, enquanto não esperam participação recorde coma o alcançado em outubro, de mais de 80 por cento, acreditam que o pleito possa ter envolvimento de cerca de 70 por cento do eleitorado.
Outro estudo realizado pela empresa privada Hinterlaces concluído em 11 de abril, e que foi visto pela Reuters, colocou a diferença entre os candidatos com 12 pontos, em comparação com um estudo anterior que colocou a 20 pontos de distância.
Enquanto isso, uma pesquisa semanal do Instituto Venezuelano de Análise de Dados (IVAD) também mostraram uma aproximação entre os candidatos, passando de 17 pontos para 9 pontos de diferença no último estudo pela Reuters, feito em 6 de abril.
A breve campanha de 10 dias foi agitada por fortes ataques verbais entre os candidatos.
Maduro tentou colar sua imagem a Chávez, enquanto Capriles apostou em promissoras soluções contra os problemas cotidianos de venezuelanos, incluindo a segurança e o alto custo de vida.
O caldo de cultura que gerou a troca áspera entre os dois levou a alguns incidentes nas últimas horas.
Sexta de manhã um jovem trabalhador da estatal petroleira PDVSA foi morto a tiros na proximidade da companhia. Segundo a empresa, um veículo se aproximou e alguém disparou aleatoriamente.
O vice-presidente do país, Jorge Arreaza, disse na sexta-feira que as autoridades "neutralizaram" várias tentativas "desestabilização".
O Conselho Nacional Eleitoral anunciou que planeja entregar os primeiros resultados de domingo boletim de cerca de 21h00, hora local.