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Maduro lembra aniversário da morte de Chávez

Em seu discurso, Maduro falou sobre o pedido do Panamá de convocar o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA)


	Nicolás Maduro: Maduro qualificou o ato de hoje como "monumental e histórico evento"
 (AFP)

Nicolás Maduro: Maduro qualificou o ato de hoje como "monumental e histórico evento" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2014 às 19h46.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, lembrou nesta quarta-feira seu antecessor Hugo Chávez no primeiro aniversário de sua morte destacando seu legado e assegurando que não tolerará ingerências de "governos lacaios" na política Venezuelana.

Acompanhado dos chefes de Estado de Cuba, Raúl Castro, e Bolívia, Evo Morales, Maduro liderou o desfile cívico-militar com o qual se iniciaram os festejos que durante 10 dias servirão para lembrar Chávez (1954-2013).

Em seu discurso, Maduro falou sobre o pedido do Panamá de convocar o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), que na próxima quinta-feira considerará a chamada aos ministros das Relações Exteriores dos países-membros para tratar a situação de protestos que vive Venezuela.

Perante uma plateia na qual também estavam o vice-presidente argentino, Amado Boudou, e o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, Maduro indicou que a política internacional da Venezuela é de "união latino-americanista" e "anti-imperialista" e ressaltou que "nenhum império" controla a América Latina e o Caribe.

O "filho de Chávez", como se apresenta Maduro, afirmou que o caminho da Venezuela é o sul junto com os organismos de integração impulsionados por Caracas como a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), a Comunidade de Estados Latino-Americanos (Celac) e a Aliança Bolivariana (Alba).

"Fora daqui OEA, agora e para sempre", acrescentou.

Maduro, que chegou à tribuna principal junto com sua esposa, Cilia Flores, qualificou o ato de hoje como "monumental e histórico evento" para que o povo lembre o grande "defensor" dos pobres da Venezuela e do continente.

Mais uma vez, o presidente venezuelano ressaltou que "Chávez é o Cristo Redentor dos povos do sul" e que graças ao "engenho" do falecido presidente existem mecanismos de integração como a Unasul.

O desfile cívico-militar viu passar cidadãos beneficiados com as diversas missões sociais lançados por Chávez junto com divisões das Forças Armadas, que preparou para o dia da lembrança do "comandante supremo" forças especiais, tanques, caças e helicópteros.

Apesar dos atos em lembrança de Chávez, os protestos contra as políticas governamentais continuaram hoje, seguindo a esteira dos incidentes que também ocorreram durante o feriado carnavalesco do início da semana.

Áreas da capital consideradas redutos opositores voltaram a amanhecer com as vias cortadas pelas "guarimbas", nome dado às barricadas com lixo, em uma tentativa de criar caos e dificultar as celebrações.

Maduro anunciou durante seu discurso a detenção de chefes dos grupos que montam "guarimba violenta e fascista" e assegurou que o país estava funcionando com normalidade.

Às 16h25 (hora local, 17h55 de Brasília), tiros de canhão no Quartel da Montanha, onde descansam os restos de Chávez, e outras partes da capital venezuelana lembraram que a essa hora, há um ano, o criador do Socialismo do Século XXI perdia a batalha contra o câncer. 

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