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Maduro é oficializado candidato à reeleição na Venezuela

Maduro, um ex-motorista de ônibus de 55 anos, enfrenta uma impopularidade de 70%, segundo o instituto de pesquisas Delphos

Maduro: a governista Assembleia Constituinte decidiu em 23 de janeiro antecipar as eleições para o primeiro quadrimestre do ano (Miraflores Palace/Reuters)

Maduro: a governista Assembleia Constituinte decidiu em 23 de janeiro antecipar as eleições para o primeiro quadrimestre do ano (Miraflores Palace/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de fevereiro de 2018 às 17h43.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi proclamado candidato da situação para tentar a reeleição nas presidenciais antecipadas para antes de 30 de abril.

"Aprovado por aclamação. O senhor é oficialmente o candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV)", declarou o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, no congresso do partido.

Vestindo camisa vermelha e acompanhado da primeira-dama, Cilia Flores, Maduro recebeu o estandarte do PSUV, em meio a um sonoro "sim", proferido por mais de 500 delegados do partido, que responderam a uma pergunta de Cabello sobre a candidatura do presidente.

"Era lógico, total e absolutamente lógico, que o candidato da revolução bolivariana para estas eleições seja Nicolás Maduro. Um irmão, um companheiro de conduta revolucionária irrepreensível (...). Vamos vencer, não tenho dúvidas... Com folga", acrescentou Cabello, vice-presidente do PSUV.

Maduro, um ex-motorista de ônibus de 55 anos, enfrenta uma impopularidade de 70%, segundo o instituto de pesquisas Delphos, pois parte da população o associa com a hiperinflação - projetada em 13.000% pelo FMI para 2018 - e a grave escassez de alimentos e medicamentos.

A governista Assembleia Nacional Constituinte, que rege o país com poderes absolutos, decidiu em 23 de janeiro antecipar as eleições para o primeiro quadrimestre do ano - tradicionalmente são celebradas em dezembro -, embora não haja uma data precisa.

Assim que a Constituinte anunciou a antecipação do pleito, Maduro iniciou sua campanha, enquanto a decisão deixou desorientada a oposição, que sofre divisões e ainda não decidiu se disputará primárias ou elegerá um candidato único por consenso.

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