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Maduro e Guaidó intensificam a disputa pelo poder na Venezuela

Maduro terá um encontro com a imprensa nacional e estrangeira para denunciar o que chama de "golpe de Estado"

Protestos na Venezuela: situação e oposição vivem escalada de turbulência e instabilidade (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Protestos na Venezuela: situação e oposição vivem escalada de turbulência e instabilidade (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de janeiro de 2019 às 09h09.

Última atualização em 25 de janeiro de 2019 às 09h10.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o autoproclamado presidente interino, o opositor Juan Guaidó, intensificarão nesta sexta-feira a ofensiva pelo poder, em meio a uma mobilização internacional sobre a crise do país sul-americano.

Depois de receber na quinta-feira o apoio decisivo das Forças Armadas, Maduro terá um encontro nesta sexta-feira com a imprensa nacional e estrangeira para intensificar as denúncias de um golpe de Estado em marcha, orquestrado por Washington.

O procurador-geral, Tarek William Saab, também fará um discurso nesta sexta-feira sobre a ordem do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) para a abertura de uma investigação penal sobre o Parlamento de maioria opositora, acusado de "usurpar" as funções de Maduro.

Guaidó, presidente do Parlamento que proclamou ser o governante do país na quarta-feira, declarou na quinta-feira à noite, em uma entrevista ao canal Univisión, que em breve serão anunciadas ações para sábado e domingo.

"Vamos seguir adiante para obter o fim da usurpação, um governo de transição e eleições livres", afirmou, de um local de Caracas não revelado.

Ele pediu aos venezuelanos que prossigam com os protestos. Em quatro dias de distúrbios,  26 pessoas morreram.

Guaidó se autoproclamou presidente invocando o artigo 233 da Constituição, que aponta um vácuo de poder em caso de renúncia, incapacidade mental, morte do presidente ou abandono de cargo, o ponto polêmico que foi declarado pelo Congresso em 2017, embora suas decisões tenham sido consideradas nulas pelo TSJ.

"Há perigos que advêm de governos paralelos", advertiu Michael Shifter, do Diálogo Interamericano.

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