Nicolas Maduro (E) e Diosdado Cabello (D) na posse do novo presidente da Venezuela: ele apontou que está "unido como irmão" com Maduro (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2013 às 08h42.
Caracas - O chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente do Parlamento, o governista Diosdado Cabello, se encontraram nesta segunda-feira para minimizar às acusações feitas pela oposição venezuelana, que divulgou uma gravação que relata uma possível conspiração contra o líder comandada pelo legislador.
Maduro e Cabello se encontraram no palácio presidencial de Miraflores horas depois do deputado opositor Ismael Garcia ter divulgado a gravação de uma conversa de uma hora entre o conhecido apresentador de televisão chavista Mario Silva e Aramis Palacios, tido como um dos altos chefes do serviço de inteligência cubano (G2).
"Estivemos reunidos com o camarada Diosdado ajustando uma quantidade de planos que estamos fazendo (...) para ir de casa em casa para chamar os venezuelanos à paz e ao trabalho da pátria", afirmou Maduro ao canal estatal "VTV".
Cabello, por sua parte, declarou aos jornalistas "que o que os opositores apresentaram é parte de sua festa e de seu festim para criar desestabilidade" e assinalou que, "perante a isso", o chavismo se manifesta através da "unidade, da luta e da vitória".
O presidente da Assembleia Nacional assegurou que "não há forma da oposição dividir "o verdadeiro chavismo" e apontou que está "unido como irmão" com Maduro.
Além das críticas, Cabello convidou à oposição a apresentar elementos que provem essas supostas acusações contida nas gravações, nas quais ele é acusado de corrupção e de conspiração contra o governo de Maduro.
Segundo a oposição, o diálogo divulgado hoje teria sido produzido "pouco depois" das eleições do último dia 14 de abril, nas quais o presidente Nicolás Maduro obteve uma vantagem de menos de 1,5 pontos sobre Capriles, que, por sua vez, não reconhece os resultados e impugnou o pleito perante a justiça.
Na gravação de quase uma hora, Silva menciona desde uma "conspiração" militar contra Maduro até um esquema de corrupção supostamente dirigido pelo deputado governista Diosdado Cabello, atual presidente da Assembleia Nacional (AN-Parlamento).