Maduro: o presidente da Venezuela pediu a Trump que "engula suas palavras de ódio e de guerra" (Ueslei Marcelino/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de setembro de 2017 às 18h36.
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta terça-feira que seu homólogo americano, Donald Trump, é o "novo Hitler" da política internacional, após o americano afirmar que seu país está pronto para adotar novas medidas caso o líder venezuelano imponha "um regime autoritário".
"Com a agressão do novo Hitler da política internacional, o senhor Donald Trump contra o povo da Venezuela, supremacia racial, a supremacia imperial, hoje se expressou o magnata que acredita ser o dono do mundo, mas ninguém ameaça a Venezuela", disse Maduro em transmissão obrigatória de rádio e televisão.
Durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Trump afirmou que a Venezuela está "à beira do colapso total" e disse que os EUA estão prontos para adotar novas medidas se o presidente venezuelano "persistir no seu caminho para impor um regime autoritário".
O americano criticou a "corrupção" que destruiu "uma próspera nação, impondo a ideologia, gerando pobreza e miséria em todos os lugares onde chegou", e apontou que Maduro "desafiou seu povo" impulsionando uma Assembleia Constituinte para "preservar o seu desastroso governo".
Em resposta, Maduro pediu a Trump que "engula suas palavras de ódio e de guerra", durante o fechamento de um evento para a paz e a soberania realizado em Caracas.
Além disso, o presidente venezuelano criticou a atuação de Trump e a comparou com sua vida empresarial.
"Ele acredita que a Venezuela é um edifício de Nova York, que ele pode chantagear os donos que saem apavorados e lhe vendem seu país e o seu edifício. Mister Trump, a Venezuela não é uma imobiliária de Nova York, a Venezuela é a terra dos homens e mulheres mais heroicas da história da América", concluiu.