O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: Maduro também disse que a "melhor resposta" dos seguidores do presidente à oposição é "trabalhar". (REUTERS/Jorge Silva)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2013 às 15h53.
Caracas - O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta quarta-feira os líderes da oposição de "maldosos" e que só tiveram "gestos desumanos" desde que o presidente Hugo Chávez voltou ao país, sem dar informações sobre o estado de sáude do líder, internado no Hospital Militar de Caracas.
"Nosso comandante Chávez chegou antes de ontem de madrugada e não houve um segundo em que os dirigentes fracassados e derrotados desta direita corrupta não tenham declarado algumas de suas maldades e baixezas demonstrando que dentro de si a única coisa que fazem são gestos desumanos", afirmou Maduro.
Durante um ato público, Maduro disse que "esta direita, além de corrupta e neoliberal, não tem sentimentos de compaixão e solidariedade, somente expressões desrespeitosas".
Sobre o retorno do presidente, Maduro disse que o próprio Chávez tomou a decisão de retornar para Venezuela há pouco dias, após superar o pós-operatório da cirurgia na qual foi submetido em 11 de dezembro em Cuba para tratar um câncer na região pélvica.
"O comandante Chávez, como sempre, conhecendo a maldade infinita da direita corrupta que há na Venezuela, da direita antipatriota, falou que queria preparar a população e informou ao povo que voltou ao país assim que pisou em solo venezuelano", disse Maduro.
"A direita neofacista que há na Venezuela é capaz de qualquer coisa", acrescentou Maduro.
O vice-presidente ressaltou que a Venezuela "está cheia de amor e de alegria" por poder contar com a presença de Chávez, que está internado no Hospital Militar Dr. Carlos Arvelo desde que chegou ao país na madrugada de segunda-feira.
Maduro também disse que a "melhor resposta" dos seguidores do presidente à oposição é "trabalhar", "avançar" e "fazer uma revolução tão forte como a deles para que saiam derrotados, com o rabo entre as pernas".
No entanto, o vice-presidente não ofereceu nenhum novidade sobre o estado de saúde do governante.
A oposição reivindica desde o retorno do presidente "transparência" do Governo sobre as informações sobre a saúde de Chávez e que proceda de acordo com a Constituição.
A Mesa da Unidade rotulou na segunda-feira de "espetáculo" a forma como o Governo administrou o retorno do presidente e pediu que "se dedique a fazer seu trabalho e se atreva a dialogar com o país para enfrentar os graves problemas que afetam os venezuelanos".
Chávez, de 58 e desde 1999 no poder, teve que superar um longo pós-operatório complicado por conta de uma hemorragia e uma infecção pulmonar que acarretou em uma insuficiência respiratória.
Segundo indicou o Governo na sexta-feira, o presidente venezuelano respira através de uma cânula traqueal que dificulta a fala e recebe um "tratamento enérgico para a doença, não estando isento de complicações".