Mundo

Maduro diz que antichavismo receberá lição se fizer greve

O vice-presidente disse que opositores em Miami "começaram em vídeos a convocar uma greve cívica" pois "estão enlouquecidos"


	O vice presidente venezuelano, Nicolás Maduro: a suposta greve será um ato contra a possibilidade de Maduro seguir como vice-presidente do país a partir de 10 de janeiro.
 (REUTERS)

O vice presidente venezuelano, Nicolás Maduro: a suposta greve será um ato contra a possibilidade de Maduro seguir como vice-presidente do país a partir de 10 de janeiro. (REUTERS)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 15h54.

Caracas - O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira que a oposição ao presidente Hugo Chávez receberá uma "lição histórica" se realizar a greve nacional que estaria sendo planejada para quinta-feira.

Convocada por meio das redes sociais por opositores residentes nos Estados Unidos, a chamada "greve cívica nacional", segundo Maduro, "fracassará como ocorreu" com a paralisação que há dez anos foi feita para forçar a renúncia de Chávez.

"Vão sair derrotados novamente. Se a oposição, a direita, está convocando uma nova greve cívica nacional a partir de 10 de janeiro, nosso país vai responder com trabalho e mais trabalho. A resposta de nossa classe operária será trabalhar, lutar e ir às ruas. A resposta será milhões de crianças nas escolas", discursou.

O vice-presidente, que assumiu o governo pois Chávez está em Cuba para se recuperar de uma cirurgia de câncer, disse que opositores em Miami "começaram em vídeos a convocar uma greve cívica" pois "estão enlouquecidos".

"Eles estão se aproximando do que chamamos hora louca. Ao tribunal supremo midiático da direita, que gosta de manipular com mentiras, dizemos: deixem essa choradeira de greve cívica, porque este povo vai dar uma lição histórica superior a de dez anos atrás", afirmou.


A suposta greve será um ato contra a possibilidade de Maduro seguir como vice-presidente do país a partir de 10 de janeiro, quando começa o mandato de 2013 a 2019, vencido por Chávez nas eleições de 7 de outubro.

Maduro pediu que os seguidores do governo combatessem em "todas as instâncias a direita", marcada por "ignorância suprema da Constituição e maldade".

O vice-presidente repetiu que apesar da doença, Chávez "está em uso absoluto e em desenvolvimento de todas suas funções como presidente" e que o ato de posse de quinta-feira, no qual deverá jurar o cargo, é um "formalismo" que será realizado quando ele retornar.

A oposicionista Mesa da Unidade Democrática (MUD) considera que Maduro usurpará as funções presidenciais se o Executivo não ficar desde quinta-feira nas mãos do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, caso Chávez não possa comparecer à posse. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaGrevesHugo ChávezPolíticosVenezuela

Mais de Mundo

Netanyahu oferece quase R$ 30 milhões por cada refém libertado que permanece em Gaza

Trump escolhe Howard Lutnick como secretário de Comércio

Ocidente busca escalada, diz Lavrov após 1º ataque com mísseis dos EUA na Rússia

Biden se reúne com Lula e promete financiar expansão de fibra óptica no Brasil