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Maduro pede a venezuelanos que parem de "lavar privadas" e voltem ao país

Maduro disse que os venezuelanos que emigraram encontraram apenas "racismo, desprezo, perseguição econômica e escravidão" no exterior

Ao menos 2,3 milhões de venezuelanos - de uma população de 30,6 milhões - vivem no exterior (Douglas Juarez/Reuters)

Ao menos 2,3 milhões de venezuelanos - de uma população de 30,6 milhões - vivem no exterior (Douglas Juarez/Reuters)

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AFP

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 10h08.

Última atualização em 29 de agosto de 2018 às 16h21.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta terça-feira aos emigrantes venezuelanos que abandonaram o país em meio à severa crise econômica que "parem de lavar privadas" no exterior e retornem.

"Digo a vocês venezuelanos (...) que querem regressar da escravidão econômica: deixem de lavar privadas no exterior e voltem para sua pátria", disse o presidente em um ato de assinatura de convênios petrolíferos, transmitido em rede nacional de rádio e TV.

Maduro denunciou que os venezuelanos que emigraram para o Peru seguindo "cantos de sereia" apenas encontraram "racismo, desprezo, perseguição econômica e escravidão".

"Não é possível que alguns venezuelanos que foram lavar privada no exterior tenham ido como escravos econômicos porque escutaram que era preciso abandonar seu país".

O governo socialista atribui o êxodo a uma "campanha da direita" e diz estar seguro de que os emigrantes voltarão após os resultados de medidas econômicas que entraram em vigor há uma semana.

Fugindo da crise econômica, da hiperinflação e do desabastecimento, milhares de venezuelanos emigraram nas últimas semanas para Brasil, Colômbia, Equador, Peru e Chile, gerando tensões.

Ao menos 2,3 milhões de venezuelanos - de uma população de 30,6 milhões - vivem no exterior. Deste total, 1,6 milhão emigraram a partir de 2015, segundo as Nações Unidas.

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