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Maduro deve decidir se sai por bem ou à força da presidência, diz Guaidó

Com tom de ameaça, Guaidó afirmou que a oposição mantém todas as opções sobre a mesa para o início de um período de transição e "eleições livres"

Venezuela: representantes do governo e da oposição participaram de uma reunião na Noruega na última semana (Montagem/Exame)

Venezuela: representantes do governo e da oposição participaram de uma reunião na Noruega na última semana (Montagem/Exame)

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AFP

Publicado em 23 de maio de 2019 às 16h15.

O líder opositor Juan Guaidó afirmou, nesta quinta-feira (23), que Nicolás Maduro deve decidir se permitirá uma transição, ou se sairá da Presidência "à força".

"São eles (o governo de Maduro) que vão decidir (...), se vai ser à força, ou se vão abrir uma porta para a transição", disse o líder parlamentar, reconhecido como presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países, ao canal digital VPI.

Suas declarações surgem depois de, na semana passada, a Noruega promover discussões com representantes da oposição e do governo de Maduro, em uma "fase exploratória", para resolver a crise.

Vêm à tona também depois que os delegados de Guaidó se reuniram com chefes militares dos Estados Unidos, país que não descarta uma opção militar para derrubar Maduro.

Guaidó diz que a oposição mantém todas as opções sobre a mesa para conseguir o "fim da usurpação" do presidente socialista e que dê passagem para uma transição e para "eleições livres".

Representantes de Maduro e de Guaidó visitaram Oslo na semana passada no âmbito da iniciativa do país europeu de mediar o conflito.

Depois de esclarecer que ainda não houve um encontro cara a cara entre os delegados, Guaidó reiterou hoje que a oposição não se prestará a "falsos diálogos" que deem oxigênio a Maduro.

Na última segunda-feira, seu representante nos Estados Unidos, Carlos Vecchio, reuniu-se com funcionários do Departamento de Estado e do Pentágono para analisar "todos os aspectos da crise da Venezuela".

A Noruega "faz da estratégia que estabelecemos (...). Isso não paralisa nossas conversas com o Pentágono", frisou o opositor.

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