Nicolás Maduro: Presidente sofre forte pressão popular e internacional para deixar o poder da Venezuela (Miraflores Palace/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 17h00.
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, informou nesta quarta-feira que destinou 100 milhões de euros para "embelezar" as cidades mais povoadas em meio à contração econômica do país e da crise de legitimidade que atravessa seu governo.
"Disponibilizei 100 milhões de euros para embelezar as principais cidades do país (...) e 60 bilhões de bolívares (US$ 18 milhões)", disse o governante durante o ato de lançamento do programa governamental "Venezuela Bela", que tinha anunciado no início do mês.
Maduro indicou que este plano tem como objetivo "pôr a Venezuela no século XXI" e que as suas cidades estejam entre as mais avançadas da América Latina e do Caribe.
"Nestes seis anos espero deixar a Venezuela bela, moderna, ativa, igualitária", disse Maduro, em alusão ao seu segundo mandato que começou este mês e que não é reconhecido por vários países por ter sido obtido em pleitos tachados de fraudulentos e dos quais não participou o grosso da oposição.
O governante lembrou sua reunião de mais cedo com representantes de igrejas cristãs, um encontro do qual saiu, segundo disse, "bendito" e "energizado".
"Me comprometi a arrumar as suas igrejas, vamos arrumar todas as catedrais do país, vamos arrumar a igreja do padre do povo, a igreja do pastor evangélico, dispus de recursos para arrumar as igrejas como centros espirituais de oração, de encontro, de paz", explicou.
Sob o comando de Maduro, a Venezuela se viu imersa na pior crise econômica da sua história, que se traduz em escassez de alimentos básicos e remédios, hiperinflação e uma péssima prestação de serviços públicos.
O líder chavista disse que este novo programa servirá para que "nas ruas e avenidas haja luz, os semáforos funcionem" e para "consertar quantas pontes haja para consertar, quantos buracos haja para tapar".
O líder do parlamento venezuelano, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente em exercício da Venezuela no último dia 23 de janeiro e conta com o apoio de vários países, um fato que o chavismo considera um golpe de Estado.