EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 25 de novembro de 2013 às 18h41.
Caracas - Alejandro Silva, colaborador do líder opositor venezuelano Henrique Capriles, detido no sábado por 14 horas pela Direção de Inteligência Militar (DIM), disse que as autoridades da agência consultaram o presidente Nicolás Maduro antes de soltá-lo neste domingo.
"Eles deixaram claro que minha libertação foi consultada previamente com Maduro", disse Silva, coordenador das viagens nacionais de Capriles, após descrever sua detenção como "uma ação nervosa de um governo que perde cada vez mais aceitação".
Segundo a denúncia da Mesa de Unidade Democrática (MUD), que reúne os partidos de oposição, Silva foi detido "a golpes" na madrugada de sábado do hotel onde estava hospedado.
Ele foi libertado à tarde desse mesmo dia, depois de ser interrogado por elementos da Inteligência militar.
A detenção acontece horas antes de Capriles liderar uma manifestação contra a crise econômica e os poderes especiais concedidos pelo Legislativo ao presidente Maduro para governar por decreto durante um ano.
"Eu me vi detido na sede da DIM. Mas estava com a tranquilidade de 'quem não deve não teme' (...). Aqui, o que eles pretendem é meter medo e intimidar, coisa que não vão conseguir por motivo nenhum porque estamos conscientes de que estamos no caminho certo", acrescentou.
No protesto de sábado, em Caracas, que também aconteceu em outras localidades do interior do país, Capriles classificou a detenção de Silva como um "sequestro" por parte do governo.
O governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, é chefe de campanha dos candidatos opositores às eleições municipais de 8 de dezembro.