Nicolás Maduro, presidente venezuelano: "é preciso levar a verdade total de nossa pátria" (/Miraflores Palace/ Handout via Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2014 às 14h50.
Nova York - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta terça-feira em Nova York que o governo dos Estados Unidos "retifique a errática política de assédio" a seu país e assegurou que participará pela primeira vez da Assembleia Geral da ONU para "levar a verdade total" sobre a Venezuela.
"Nossa revolução não caiu nem vai cair", assegurou Maduro em reunião com as comunidades do Bronx que aconteceu no Hostos Community College.
O presidente venezuelano comentou que, embora tivesse dúvidas sobre sua participação na Assembleia Geral, se decidiu a comparecer após ler no domingo dois editoriais críticos com sua política em dois dos jornais mais importantes dos Estados Unidos, "The Washington Post" e "The New York Times".
"Eles queriam impedir minha viagem à Organização das Nações Unidas. Nesse momento, no domingo, ainda estava pensando se vinha ou não vinha (...). No momento em que li os dois editoriais, graças ao "Washington Post" e ao "New York Times", decidi: agora vou. Porque é preciso levar a verdade total de nossa pátria", comentou.
Maduro assegurou que nestes textos se demonstrava como as elites dos Estados Unidos os veem "acima do ombro".
"Nós não somos melhores nem pretendemos sê-lo, mas também não podemos aceitar que nos desprezem", acrescentou.
"Sabemos que todo o ataque contra a Venezuela é para tentar impedir que o exemplo de uma revolução democrática, profundamente popular, com uma profunda identidade latino-americana, com a bandeira de Bolívar e o espírito deste gigante Hugo Chávez, siga cavalgando no século XXI e siga consolidando-se", completou.