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Maior grupo alimentício do país sabota o governo, diz Maduro

Segundo Maduro, grupo Empresas Polar está reduzindo sua produção para desabastecer o mercado


	Nicolás Maduro: Empresas Polar e chavismo já tem um histórico de desentendimentos
 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Nicolás Maduro: Empresas Polar e chavismo já tem um histórico de desentendimentos (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2013 às 09h29.

Caracas - O presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou neste sábado a Empresas Polar, o maior grupo alimentício do país, de reduzir sua produção e monopolizar produtos para gerar o desabastecimento e disse que o Governo enfrenta uma 'sabotagem' econômica.

'Nós temos muitos indícios de que a Polar vem reduzindo a produção e escondendo produtos para desprover o mercado', afirmou Maduro durante um ato transmitido obrigatoriamente no rádio e na televisão.

O líder citou o dono da empresa, Lorenzo Mendoza, em uma reunião de terça-feira e disse que o proprietário deve levar toda sua equipe gerencial para explicar ao Governo 'porque reduziu a produção e porque há o desabastecimento de produtos'.

Maduro acrescentou que estaria disposto a admitir 'em rede nacional' qualquer erro nas políticas de seu Governo, mas falando diretamente a Mendoza afirmou que 'tem que mostrar que o senhor está agindo com respeito à Constituição e à lei'.

O presidente relatou que o ministro do Petróleo, Rafael Ramírez, sustentou recentemente uma reunião 'cordial' com Mendoza, que disse que a empresa e o Governo poderiam trabalhar em conjunto, mas esclareceu que não assinaria 'nenhum pacto com a burguesia'.

O presidente afirmou que resolverá 'este tema da guerra econômica e do desabastecimento agudo de alguns produtos'.

'Vamos resolver este problema estruturalmente, não com remendos', acrescentou, após afirmar que 'o povo não pode baixar a guarda frente a esta sabotagem econômica'.

'Eu peço ao povo que siga como está, lutando com paciência, sem cair em provocações', disse.

Além disso, pediu que seus ministros saibam quem produz cada produto, para 'apoiá-lo', porque 'é dolorido entregar os dólares da pátria para um conjunto de empresas sem vergonhas que roubam o dinheiro do povo'.

O chavismo e Empresas Polar, a maior processadora de alimentos e bebidas do país, têm um longo histórico de desencontros.

Em novembro de 2010, o então presidente Hugo Chávez acusou Mendoza de pretender tirá-lo do poder, enquanto em 2012 expropriou um terreno pertencente à empresa para a construção de casas sociais.

A Polar produz alguns produtos centrais na dieta dos venezuelanos, como a marca P.A.N de farinha pré-cozida de milho,um ingrediente chave das famosas arepas venezuelanas.

A imprensa local publicou nesta semana imagens de longas filas nos supermercados do interior do país para conseguir alimentos como a farinha de milho. EFE

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