Macron: (Etienne Laurent/Reuters)
EFE
Publicado em 5 de março de 2018 às 06h48.
Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, falou neste domingo com seus colegas de Turquia e Irã, além de com o secretário-geral da ONU para abordar a difícil situação humanitária que vive a região de Ghuta Oriental, na Síria.
Segundo informou hoje a Presidência francesa, Macron ligou em primeiro lugar ao presidente iraniano, Hassan Rohani, e posteriormente ao turco, Recep Teyyip Erdogan, e ao secretário-geral da ONU, Antonio Guterres.
Com Erdogan, com quem já tinha abordado o assunto na segunda-feira passada, Macron compartilhou "sua preocupação com a particular situação humanitária dramática dessa região, na qual a ofensiva do regime de Damasco se acentua sem que entre em vigor o cessar-fogo decretado pelo Conselho de Segurança da ONU", indicou o Palácio do Eliseu.
Ambos concordaram em que Rússia e Irã, aliados de Bashar al Assad, devem pressionar Damasco para que autorize os comboios humanitários e a evacuação dos feridos, e para que entre em vigor uma trégua humanitária sob controle da ONU.
"Os dois presidentes continuarão buscando uma solução política para a crise síria, dentro do processo de Genebra, com o conjunto dos parceiros envolvidos e os representantes da oposição síria", acrescentou a Presidência francesa.
Na sua conversa com Rohani, Macron lhe pediu que pressione o regime sírio para "acabar com os ataques indiscriminados contra a população em Guta "e que permita o acesso à ajuda humanitária.
Macron ressaltou "a responsabilidade particular que recai sobre o Irã pelos vínculos que tem com o regime sírio", na hora de reivindicar essa trégua humanitária prevista numa resolução do Conselho de Segurança da ONU.
Ambos combinaram trabalhar juntos de forma operacional nos próximos dias para obter com a ONU, em contato com Damasco e os principais países envolvidos na Síria, resultados no terreno para "conseguir a ajuda necessária aos civis e tornar efetivo o cessar-fogo".
"É uma prioridade para a França. O presidente francês voltará a falar esta semana com o seu colega iraniano sobre o apelo concreto para este diálogo", acrescentou o Eliseu.