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Macron não exige saída de Assad como condição para negociar

O presidente francês quer estabelecer um grupo de contato, que contará com representantes de Assad, para fixar um mapa do caminho para alcançar a paz.

Macron e Trump: "Mudamos a doutrina francesa sobre a Síria para poder ter resultados" (Carlos Barria/Reuters)

Macron e Trump: "Mudamos a doutrina francesa sobre a Síria para poder ter resultados" (Carlos Barria/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de julho de 2017 às 17h55.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, indicou nesta quinta-feira que deixou de exigir a saída do governante sírio, Bashar Al-Assad, como uma condição prévia para negociar uma solução ao conflito neste país.

"Mudamos a doutrina francesa sobre a Síria para poder ter resultados e trabalhar de forma muito estreita com os nossos parceiros, em particular com os Estados Unidos", disse em uma entrevista coletiva conjunta com o seu colega americano, Donald Trump.

Macron apontou que eles decidiram manter o trabalho comum, em particular com a intenção de estabelecer um grupo de contato, que contará com representantes de Assad, "mas também de outras vertentes", para fixar um mapa do caminho para alcançar a paz.

O presidente francês disse que "nas próximas semanas" haverá uma iniciativa concreta por parte dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

Tanto ele como Trump, destacou, têm o objetivo comum de "erradicar os terroristas, todos os grupos terroristas", e a intenção de construir uma solução política para o país duradoura e inclusiva.

Por essa razão Macron justificou ter abandonado como condição "sine qua non" a saída de Assad. "Faz cerca de sete anos que não temos contato" com ele e que delineamos esse requisito "sem nenhuma eficácia".

Macron apontou como linha vermelha, que disse compartilhar tanto com Trump como com o presidente russo, Vladimir Putin, o uso de armas químicas.

Todo uso deste tipo de armamento "será alvo de represálias imediatas sobre o local de utilização ou de armazenamento", acrescentou o chefe de Estado francês, que insistiu também na necessidade de estabelecer corredores humanitários para evacuar a população civil.

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