França: cerca de seis mil viagens de trens devem ser impactadas na semana do natal (Benoit Tessier/Reuters)
AFP
Publicado em 31 de dezembro de 2019 às 17h59.
O presidente francês, Emmanuel Macron, advertiu nesta terça-feira (31) que seguirá adiante com a reforma da Previdência, apesar dos protestos dos sindicatos que lideram uma das greves dos transportes mais longas do país em décadas.
"A reforma da previdência será levada adiante", disse Macron em mensagem de fim de ano aos franceses, e acrescentou que espera "encontrar um compromisso rápido" com os líderes sindicais, que pedem que se deixe o projeto.
O presidente destacou que a reforma levará "em conta os trabalhos de risco para permitir que estes trabalhadores se aposentem mais cedo, sem que isto esteja vinculado a um status ou empresa".
As reuniões entre sindicatos e o primeiro-ministro Edouard Philippe serão retomadas no dia 7 de janeiro.
Esta greve já é mais longa que a de 1995, quando o então governo acabou desistindo da reforma da previdência.
E os sindicatos se mantêm firmes, apesar de uma queda na adesão entre os ferroviários de longa distância e nos transportes em geral na capital.
O braço do setor químico do sindicato francês CGT defendeu nesta terça o bloqueio das refinarias, terminais e reservatórios de petróleo entre 7 e 10 de janeiro, para pressionar o governo.
Já a SNCF (empresa nacional de ferrovias) informou que no próximo final de semana - entre 3 e 5 de janeiro - circularão dois a cada três trens de alta velocidade, coincidindo com o retorno do feriadão.
Na região de Paris, apenas 1 a cada 4 trens está circulando, mas as 14 linhas do metrô da capital funcionam normalmente.
A França viveu nesta terça seu 27º dia de greve contra a reforma da previdência proposta por Macron.