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Macron conversará com presidente do Irã para tentar salvar acordo nuclear

O premiê francês vai transmitir "a nossa vontade de continuar no acordo e que o Irã respeite totalmente seus termos", explicou um porta-voz

Macron: o chefe da diplomacia francesa insistiu que "o acordo não está morto" (Etienne Laurent/Reuters)

Macron: o chefe da diplomacia francesa insistiu que "o acordo não está morto" (Etienne Laurent/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de maio de 2018 às 06h48.

Última atualização em 9 de maio de 2018 às 06h51.

Paris - O presidente da França, Emmanuel Macron, conversará nesta quarta-feira por telefone com o mandatário do Irã, Hassan Rohani, para tentar salvar o acordo nuclear com o país, afirmou hoje o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian.

Nessa conversa com Rohani, Macron transmitirá "a nossa vontade de continuar no acordo e que o Irã respeite totalmente seus termos", explicou Le Drian, em entrevista à rádio "RTL".

Com esse mesmo objetivo, anunciou que na próxima segunda-feira terá uma reunião entre ministros das Relações Exteriores da França, Reino Unido e Alemanha, e que no mesmo dia ou na terça-feira encontrarão com representantes do Irã.

O chefe da diplomacia francesa insistiu que "o acordo não está morto", já que inclusive foi validado por unanimidade no Conselho de Segurança da ONU, mas ao mesmo tempo mostrou sua intenção de completá-lo.

"Estamos conscientes de que há outros temas de discussão com o Irã e estamos dispostos a trabalhar em um acordo ampliado que integre todas essas disposições", afirmou.

Em particular, as "difíceis questões" na relação com Teerã que deveriam entrar nesse compromisso ampliado são o fato de que está dotando "de uma impressionante capacidade balística" e que tenha "tentações hegemônicas em toda a região".

O chefe da diplomacia francesa enfatizou que o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está se retirando do acordo constitui "uma ruptura com um compromisso internacional e a França lamenta profundamente esta decisão".

"Os riscos de confronto são reais", admitiu, após indicar a "gravidade da situação" pela intenção de Washington de impedir que empresas de outros países façam negócios em Teerã.

Sobre isso, Le Drian antecipou que "nos próximos dias" se reunirá com empresas francesas "para preservá-las ao máximo das medidas americanas", e fará o mesmo com outros parceiros europeus.

Perguntado se Trump está mentindo quando sustenta que o Irã descumpriu os compromissos do acordo de 2015, o ministro francês se referiu aos relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo os quais "o Irã respeita seus compromissos".

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