Mundo

Macron consolida favoritismo à Presidência da França após debate

De acordo com uma pesquisa, 63% dos telespectadores consideraram Macron o mais convincente dos dois candidatos no debate da noite de quarta-feira

Macron: em jogo estão duas visões diametralmente opostas da Europa e do lugar da França no mundo (Sylvain Lefevre/Getty Images)

Macron: em jogo estão duas visões diametralmente opostas da Europa e do lugar da França no mundo (Sylvain Lefevre/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 4 de maio de 2017 às 18h49.

Paris/Londres  - O candidato independente e de centro Emmanuel Macron aparentemente consolidou seu favoritismo na corrida presidencial da França nesta quinta-feira, enquanto a poeira do rancoroso debate televisionado com a rival de extrema-direita Marine Le Pen baixava.

Três dias antes do segundo e decisivo turno da eleição francesa mais importante em décadas, o prêmio demandado por investidores para manter títulos franceses no lugar de alemães recuou para o menor nível em seis meses, refletindo a percepção de que Le Pen, cuja eventual Presidência os mercados veem como um pesadelo, perdeu sua última chance de desbancar Macron.

Em jogo estão duas visões diametralmente opostas da Europa e do lugar da França no mundo. Le Pen fecharia as fronteiras e descartaria o euro, enquanto Macron quer uma cooperação maior com o continente e uma economia mais aberta.

De acordo com uma pesquisa relâmpago do instituto Elabe para a BFMTV, 63 por cento dos telespectadores consideraram Macron o mais convincente dos dois candidatos no debate da noite de quarta-feira, reforçando seu status de favorito para ocupar o Palácio do Elysée.

Uma segunda sondagem da Harris Interactive revelou que 42 por cento das pessoas achou o político de 39 anos mais cativante no debate, durante o qual os oponentes trocaram farpas sobre a economia, o euro e o combate ao terrorismo.

Vinte e seis por cento considerou Le Pen, de 48 anos, mais persuasiva, enquanto 31 por cento não escolheu nenhum candidato, disse a Harris.

Já nesta quinta-feira, uma pesquisa de intenção de voto da Ifop-Fiducial mostrou Macron ampliando sua liderança sobre Le Pen - era de 60 a 40 por cento no dia anterior e passou para 61 a 39 por cento.

A primeira enquete sobre a eleição parlamentar de junho, publicada na quarta-feira, apontou o movimento criado por Macron há um ano, o En Marche! (Avante!), também encaminhado para emergir como o maior partido do Parlamento, levando a crer que ele conseguiria implementar seu programa.

Enquanto isso, a procuradoria da França iniciou uma investigação sobre as queixas da campanha de Macron a respeito de notícias falsas que estariam sendo disseminadas para influenciar a votação.

Macron negou anteriormente as alegações de que ele usou um paraíso fiscal estrangeiro, como divulgado nas mídias sociais e referido por Le Pen durante o debate. Ele a acusou de espalhar mentiras.

Separadamente, a campanha de Le Pen emitiu um comunicado dizendo que seu site vem sendo atacado frequentemente por hackers ao longo da corrida eleitoral e que fez uma queixa à polícia.

O ex-presidente norte-americano Barack Obama endossou Macron em uma mensagem de vídeo divulgada pelo En Marche! nesta quinta-feira, elogiando-o por apelar "às esperanças das pessoas, e não aos seus medos".

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEmmanuel MacronFrançaMarine Le Pen

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru