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Macron afirma que novo acordo com Irã evitaria potencial guerra

O presidente francês disse no Congresso americano que os EUA devem negociar um novo acordo nuclear com o Irã para diminuir os riscos de uma potencial guerra

Macron: o presidente garantiu que a França não irá abandonar o acordo feito em 2015 com o Irã (Aaron Bernstein/Reuters)

Macron: o presidente garantiu que a França não irá abandonar o acordo feito em 2015 com o Irã (Aaron Bernstein/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de abril de 2018 às 14h13.

Última atualização em 25 de abril de 2018 às 15h39.

 

Washington - O presidente da França, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira que os Estados Unidos devem se abrir para negociar um novo acordo multilateral com o Irã para diminuir o risco de uma "potencial guerra" caso o presidente americano, Donald Trump, decida deixar o pacto nuclear assinado 2015.

Em discurso no Congresso dos EUA, Macron afirmou que, independentemente da decisão de Trump, a França "não deixará" o acordo de 2015, e disse estar comprometido em garantir que o Irã "nunca" obtenha uma arma nuclear.

Macron insistiu que Trump deveria trabalhar com ele "para construir um novo acordo" mais "exaustivo" do que o que seus dois países assinaram há três anos com Irã, China, Alemanha, Rússia e Reino Unido, conhecido na sigla em inglês JCPOA.

"Isso garantiria que, seja qual for a decisão dos EUA, não abrimos o veto às ações de rebeldes, não abrimos o veto a um conflito de poderes no Oriente Médio" e "uma guerra em potencial", argumentou Macron.

Em janeiro, Trump ameaçou se retirar do acordo com o Irã se os países europeus signatários do pacto de 2015 (França, Reino Unido e Alemanha) não negociassem com ele o mais rápido possível um acordo paralelo que corrigisse os "defeitos" do original.

Trump planeja anunciar se continua no acordo antes de 12 de maio, data na qual tem que informar ao Congresso americano sobre o grau de cumprimento do pacto nuclear.

Macron tentou convencê-lo a não se retirar do acordo e buscar, por outro lado, um pacto mais amplo que cobriria "quatro pilares", dos quais o primeiro - "bloquear qualquer atividade nuclear do Irã até 2025" - já está coberto pelo JCPOA.

"(Tem que incluir) a substância do acordo que já existe, especialmente se (Trump) decidir deixá-lo", indicou Macron.

Além disso, o hipotético novo pacto teria como objetivo bloquear a atividade nuclear do Irã "a longo prazo", além de "acabar com as atividades balísticas" de Teerã e buscar "uma solução política para conter o Irã na região", em países como "Iêmen, Síria, Iraque e Líbano", segundo o líder francês.

As autoridades de Teerã já rejeitaram a possibilidade de reabrir o acordo e exigiram que os EUA se mantenham nele.

Trump se mostrou nesta terça-feira mais cético do que Macron sobre a possibilidade de voltar a negociar com o Irã, e afirmou que está por ver "se é possível conseguir um novo acordo (com Teerã) que tenha alicerces sólidos, porque o de agora tem alicerces decadentes".

"Não deveríamos abandonar (o acordo original com o Irã) sem ter visto algo mais substancial. Por isso a França não deixará o JCPOA, porque já o assinamos", prometeu hoje Macron.

 

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