Mauricio Macri: "Não tenho pensado hipotecar meu governo nem o futuro dos argentinos para defender ninguém que atue fora da lei" (Marcos Brindicci/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de agosto de 2018 às 16h50.
Buenos Aires - O presidente da Argentina, Mauricio Macri, pediu nesta quinta-feira aos titulares das principais empresas do país que denunciem "comportamentos mafiosos" e corrupção no seu governo caso tenham conhecimento.
"Não tenho pensado hipotecar meu governo nem o futuro dos argentinos para defender ninguém que atue fora da lei, e se algum dos senhores, e quero ser bem claro, receber um pedido indevido, têm aqui um presidente a quem comparecer e uma equipe de governo à qual denunciá-lo", disse Macri ao inaugurar o encontro anual da Associação Empresária Argentina (AEA).
Com o objetivo de integrar o país no mundo "de forma inteligente", resolvendo "os problemas internos de produtividade", o chefe de Estado marcou como seu "grande desafio" terminar com "os comportamentos mafiosos".
"Os senhores têm que ajudar denunciando-os, e controlar os gastos públicos que também têm que denunciar para poder gerar emprego privado de qualidade, que é o principal objetivo que temos que ter como país", acrescentou o presidente.
Macri também se referiu à situação econômica do país, marcada pela forte volatilidade que desvalorizou o peso argentino em mais de 60% neste ano e a alta inflação que continua sendo registrada.
"Não ter equilíbro fiscal e não ter um sistema financeiro potente nos faz depender do financiamento externo, e isso significa que vamos estar expostos a volatilidades como as que o mundo está vivendo", afirmou.
"Compartilho as preocupações e as dúvidas do momento, mas também é importante não perder o foco diante de tantos previsões catastróficas, como dizer que o país futuro, porque sim, nós temos", concluiu Macri, para dar como exemplo o desenvolvimento energético que está acontecendo na Argentina.