O verdadeiro inimigo de Israel não é o grupo palestino Hamas ou os terroristas libaneses do Hezbollah, mas sim o governo do Irã, que tenta desde os anos 1980 destruir seu país, diz Rafael Erdreich, cônsul-geral de Israel em São Paulo.
"É um erro comum pensar que a guerra era contra o Hamas. A guerra é contra o Irã, e o Irã e todos os seus proxies. Israel está enfrentando sete exércitos, todos conduzidos pelo Irã", disse Erdreich à EXAME.
Na entrevista, ele disse ainda que as ações contra o Hamas e o Hezbollah fazem parte de um mesmo objetivo, que as mortes de civis estão em nível baixo, na comparação com outras guerras, e criticou a posição do Brasil no conflito.
Erdreich é cônsul-geral em São Paulo desde agosto de 2021. Diplomata há 32 anos, já ocupou postos em Lisboa, Roma e Santo Domingo. A seguir, os principais trechos da conversa, realizada em seu escritório, na zona sul de São Paulo.
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Fumaça após ataque em Marjayoun, Líbano, perto da fronteira
(Fumaça após ataque em Marjayoun, Líbano, perto da fronteira)
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Fumaça após ataque no vale do Bekaa, em 23 de setembro de 2024
(Fumaça após ataque no vale do Bekaa, em 23 de setembro de 2024)
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Fumaça após ataque no vale do Bekaa, em 23 de setembro de 2024
(Fumaça após ataque no vale do Bekaa, em 23 de setembro de 2024)
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Fumaça após ataque em Zaita, no Líbano, em 23 de setembro de 2024
(Fumaça após ataque em Zaita, no Líbano, em 23 de setembro de 2024)
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Bandeira de Israel em área atacada pelo Hezbollah no distrito de Haifa, em 22 de setembro
(Bandeira de Israel em área atacada pelo Hezbollah no distrito de Haifa, em 22 de setembro)
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Ataque aéreo de Israel em região perto da fronteira com o Líbano
(Ataque aéreo de Israel em região perto da fronteira com o Líbano)
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Área bombardeada por Israel em Beirute, no Líbano
(LEBANON-ISRAEL-PALESTINIAN-CONFLICT)
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Moradores evacuam área sob ataque no Sul do Líbano, na segunda, 23 de outubro
(Moradores evacuam área sob ataque no Sul do Líbano, na segunda, 23 de outubro)
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Naim Qassem, vice-secretário-geral do Hezbollah, discursa durante funeral de Ibrahim Aqil, líder do grupo, em Beirute, em 22 de setembro de 2024
(Naim Qassem, vice-secretário-geral do Hezbollah, discursa durante funeral de Ibrahim Aqil, líder do grupo, em Beirute, em 22 de setembro de 2024)
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Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, durante discurso na TV
(LEBANON-ISRAEL-PALESTINIAN-CONFLICT-HEZBOLLAH)
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Fumaça após ataque no vale do Bekaa, no Líbano, em 23 de setembro de 2024
(LEBANON-ISRAEL-PALESTINIAN-CONFLICT)
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Ondas de fumaça saem do local de um ataque aéreo israelense na vila de Khiam, no sul do Líbano, em 23 de setembro de 2024. Os militares israelenses em 23 de setembro disseram às pessoas no Líbano para se afastarem dos alvos do Hezbollah e prometeram realizar ataques mais "extensos e precisos" contra o grupo apoiado pelo Irã
(LEBANON-ISRAEL-PALESTINIAN-CONFLICT)
Que balanço faz deste quase um ano de guerra entre Israel e Hamas?
Primeiro, precisamos colocar esse conflito na perspectiva certa. Esta guerra foi imposta a Israel após o ataque de 7 de outubro. Eles vieram para nos matar a todos. Milhares de terroristas do Hamas vieram e passaram de casa em casa, incendiando, matando, assassinando, estuprando, sequestrando pessoas nos assentamentos na fronteira e também nas cidades. É um erro comum pensar que a guerra era contra o Hamas. A guerra é contra o Irã, e o Irã e todos os seus proxies. Israel está enfrentando sete exércitos, todos conduzidos pelo Irã.
Que exércitos do Irã são estes?
Em 1979, quando ocorreu a Revolução Islâmica do Irã, eles começaram a impor a ideologia dos aiatolás, que tinha três objetivos. O primeiro era se tornar a hegemonia no Oriente Médio, ter a supremacia do regime xiita sobre a parte sunita do mundo muçulmano. O segundo seria a expansão do islamismo xiita por todo o mundo. E o terceiro, a aniquilação do Estado de Israel.
Desde então, a coisa foi se construindo para alcançar esses objetivos. Começou-se a construir proxies, uma série de exércitos que cercam o Oriente Médio, do norte ao sul, e foram criando bases perto da fronteira para destruir o Estado de Israel. O primeiro dos exércitos foi o Hezbollah, estabelecido em 1982. O Hezbollah se tornou a maior organização terrorista do mundo, e tinha, ou tem, o poder de um país médio da Otan. Se formos classificar o poder do Hezbollah hoje, estaria em nono lugar, com o poder de mísseis que quase nenhum desses países tem.
O segundo foi o regime xiita no Iraque, que permitiu ao Irã colocar milícias xiitas no Iraque. O terceiro seria, após a Primavera Árabe, as tropas na Síria, quando o Irã deu ordens ao Hezbollah para entrar na Síria para ajudar o presidente Bashar al-Assad. Esta ajuda teve um preço: permitir que o Irã construísse bases militares na Síria com o objetivo de atacar Israel. E um dos últimos são os houthis no Iêmen, uma minoria de 25% da população do Iêmen, uma minoria xiita. Além deles, há o Hamas, a Jihad Islâmica Palestina e o próprio Exército do Irã.
Todos esses proxies começaram a atacar em todo o Oriente Médio, não apenas Israel. Eles atacaram as instalações de petróleo na Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, sem nenhuma provocação. Não me lembro dos sauditas ameaçando invadir ou atacar o Irã. Israel está sendo atacado por agressores, assim como os sauditas foram atacados. Eles estão ameaçando espalhar o islamismo xiita por todo o mundo. Israel não está ameaçando espalhar algo pelo mundo. Nenhum dos outros países quer a hegemonia sobre o Irã. Eles têm uma ambição ou projeto nuclear. Nenhum dos outros países tem uma ambição nuclear. Esse é o contexto.
Voltando ao ataque de 7 de outubro, estamos há quase um ano com a guerra entre Israel e Hamas. É possível ver um fim para essa operação? Quando Israel planeja terminar a ação?
A primeira e mais importante missão foi desmantelar o Hamas como uma organização militar, e garantir que o Hamas não seja mais uma ameaça para o Estado de Israel e não controle mais o que acontece em Gaza. O segundo objetivo, estamos vendo agora na parte norte de Israel. Desde o dia 8 de outubro, sem qualquer provocação, fomos atingidos pelo Hezbollah por mais de 8.000 mísseis. Toda a nossa fronteira norte e parte da região norte de Israel está queimada. Cidades foram evacuadas por um ano. Agora, 63.000 pessoas estão fora de suas casas. Então, nosso objetivo no norte é restaurar a segurança e, como consequência, precisamos enfrentar o Hezbollah e reduzir sua atividade. Há duas resoluções do Conselho de Segurança da ONU, 1.701 e 1.559, que descrevem exatamente o que deve acontecer com o Hezbollah e no Líbano. Esse é o objetivo no norte: implementar essas decisões da ONU. [As resoluções determinam o desarmamento do Hezbollah e de outras milícias no Líbano e a saída de forças estrangeiras do país, entre outras medidas.]
Como vê a questão das mortes de civis que ocorrem em meio aos ataques de Israel?
De modo geral, em guerras como essa, a taxa de mortes é de 9 civis para cada terrorista morto. Nos ataques em Gaza e no Líbano, esta taxa é de 1 para 1, a menor já registrada em guerras assim. Fazemos ataques com muita precisão, embora estejam usando civis como escudo. Temos de mísseis e bombas com orientação precisa. Temos uma inteligência muito boa para saber onde eles estão escondendo esses mísseis, então somos capazes de realizar esse tipo de ataque sem grandes baixas civis graves. Isso não significa que eles não estejam lá. Estão, mas é uma guerra que não escolhemos. Houve casos em que o Hamas colocou mulheres e crianças à frente e disparava de trás deles. Há casos de mísseis escondidos dentro de casas, nas salas de estar. E as pessoas pagam aluguel ainda para morar ali.
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Foguetes disparados do sul do Líbano são interceptados pelo sistema de defesa aérea Iron Dome de Israel sobre a região da Alta Galileia, no norte de Israel, em 27 de junho de 2024, em meio a tensões contínuas na fronteira enquanto os combates continuam entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. (Foto de Jalaa MAREY / AFP)
(Foguetes disparados do sul do Líbano são interceptados pelo sistema de defesa aérea Iron Dome de Israel sobre a região da Alta Galileia, no norte de Israel, em 27 de junho de 2024, em meio a tensões contínuas na fronteira enquanto os combates continuam entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. (Foto de Jalaa MAREY / AFP))
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Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP)
(Veículos do exército egípcio são mobilizados ao longo da fronteira com a Faixa de Gaza em 4 de julho de 2024 em el-Arish, no norte da Península do Sinai, em meio a batalhas contínuas entre o Hamas e Israel no território palestino sitiado. (Foto da AFP))
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Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(Parentes e apoiadores de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de outubro acendem sinalizadores enquanto manifestam pela libertação dos reféns na cidade central de Tel Aviv em 29 de junho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP)
(Palestinos deslocados deixam uma área no leste de Khan Yunis após o exército israelense emitir uma nova ordem de evacuação para partes da cidade e Rafah, no sul da Faixa de Gaza, em 1º de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP))
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Um avião bombeiro israelense despeja retardante de chamas sobre a fumaça após foguetes disparados do sul do Líbano atingirem uma área na região da Alta Galileia, no norte de Israel, em 4 de julho de 2024. O Hezbollah do Líbano disse ter lançado mais de 200 foguetes e drones explosivos em posições militares israelenses em 4 de julho, enquanto as tensões aumentaram em meio à guerra de quase nove meses em Gaza. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(Um avião bombeiro israelense despeja retardante de chamas sobre a fumaça após foguetes disparados do sul do Líbano atingirem uma área na região da Alta Galileia, no norte de Israel, em 4 de julho de 2024. O Hezbollah do Líbano disse ter lançado mais de 200 foguetes e drones explosivos em posições militares israelenses em 4 de julho, enquanto as tensões aumentaram em meio à guerra de quase nove meses em Gaza. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Caminhões carregados com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza aguardam no lado egípcio da passagem de Rafah, fechada desde o início de maio, em 4 de julho de 2024, enquanto o conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas continua. As negociações para reabrir a passagem de Rafah, um canal chave para ajuda e evacuações na fronteira de Gaza com o Egito, têm falhado repetidamente. (Foto de Giuseppe CACACE / AFP)
(Caminhões carregados com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza aguardam no lado egípcio da passagem de Rafah, fechada desde o início de maio, em 4 de julho de 2024, enquanto o conflito entre Israel e o movimento palestino Hamas continua. As negociações para reabrir a passagem de Rafah, um canal chave para ajuda e evacuações na fronteira de Gaza com o Egito, têm falhado repetidamente. (Foto de Giuseppe CACACE / AFP))
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Um sapateiro palestino repara sapatos usando materiais reciclados de sapatos velhos na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 5 de julho de 2024.
(Um sapateiro palestino repara sapatos usando materiais reciclados de sapatos velhos na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 5 de julho de 2024.)
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Um menino inspeciona os escombros de um prédio desabado após um bombardeio israelense na escola Jaouni, administrada pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo no território palestino entre Israel e o Hamas. (Foto de Eyad BABA / AFP)
(Um menino inspeciona os escombros de um prédio desabado após um bombardeio israelense na escola Jaouni, administrada pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), em Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo no território palestino entre Israel e o Hamas. (Foto de Eyad BABA / AFP))
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Ativistas de esquerda se reúnem para uma manifestação contra o governo israelense em Tel Aviv em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(Ativistas de esquerda se reúnem para uma manifestação contra o governo israelense em Tel Aviv em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Um manifestante segura um cartaz denunciando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante uma manifestação de ativistas de esquerda contra o governo israelense em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(Um manifestante segura um cartaz denunciando o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu durante uma manifestação de ativistas de esquerda contra o governo israelense em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Ativistas de esquerda se reúnem para uma manifestação contra o governo israelense em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(Ativistas de esquerda se reúnem para uma manifestação contra o governo israelense em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Apoiadores e parentes de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de 7 de outubro seguram cartazes e bandeiras nacionais durante uma manifestação para exigir sua libertação em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(Apoiadores e parentes de israelenses mantidos reféns por militantes palestinos em Gaza desde os ataques de 7 de outubro seguram cartazes e bandeiras nacionais durante uma manifestação para exigir sua libertação em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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A polícia montada israelense dispersa manifestantes de esquerda durante uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(A polícia montada israelense dispersa manifestantes de esquerda durante uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Manifestantes de esquerda israelenses são atingidos por canhão de água durante confrontos com as forças de segurança às margens de uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(Manifestantes de esquerda israelenses são atingidos por canhão de água durante confrontos com as forças de segurança às margens de uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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A polícia montada israelense dispersa manifestantes de esquerda durante uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(A polícia montada israelense dispersa manifestantes de esquerda durante uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Manifestantes de esquerda são atingidos por canhões de água das forças de segurança israelenses para dispersá-los às margens de uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP)
(Manifestantes de esquerda são atingidos por canhões de água das forças de segurança israelenses para dispersá-los às margens de uma manifestação antigovernamental em Tel Aviv, em 6 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Fumaça sobe de incêndios florestais perto da vila de Shebaa, no sul do Líbano, próxima à fronteira norte de Israel, após a derrubada de um drone pelo exército israelense em 4 de julho de 2024, em meio aos confrontos transfronteiriços contínuos entre tropas israelenses e combatentes do Hezbollah. O Hezbollah do Líbano afirmou ter lançado mais de 200 foguetes e drones explosivos em 4 de julho em posições militares israelenses, enquanto as tensões aumentaram em meio à guerra de quase nove meses em Gaza. (Foto de RABIH DAHER / AFP)
(Fumaça sobe de incêndios florestais perto da vila de Shebaa, no sul do Líbano, próxima à fronteira norte de Israel, após a derrubada de um drone pelo exército israelense em 4 de julho de 2024, em meio aos confrontos transfronteiriços contínuos entre tropas israelenses e combatentes do Hezbollah. O Hezbollah do Líbano afirmou ter lançado mais de 200 foguetes e drones explosivos em 4 de julho em posições militares israelenses, enquanto as tensões aumentaram em meio à guerra de quase nove meses em Gaza. (Foto de RABIH DAHER / AFP))
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Pessoas avaliam os danos causados a uma casa durante uma incursão israelense na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia, em 5 de julho de 2024. A agência oficial de notícias palestina Wafa disse que veículos militares cercaram uma casa em um campo de refugiados de Jenin e exigiram pelo alto-falante que um ocupante se rendesse. Mísseis portáteis foram então usados e um drone atacou a casa, acrescentou. (Foto de Jaafar ASHTIYEH / AFP)
(Pessoas avaliam os danos causados a uma casa durante uma incursão israelense na cidade ocupada de Jenin, na Cisjordânia, em 5 de julho de 2024. A agência oficial de notícias palestina Wafa disse que veículos militares cercaram uma casa em um campo de refugiados de Jenin e exigiram pelo alto-falante que um ocupante se rendesse. Mísseis portáteis foram então usados e um drone atacou a casa, acrescentou. (Foto de Jaafar ASHTIYEH / AFP))
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Um avião bombeiro israelense despeja retardante de chamas sobre a fumaça após foguetes lançados do sul do Líbano atingirem áreas no norte de Israel em 4 de julho de 2024. O Hezbollah do Líbano afirmou ter lançado mais de 200 foguetes e drones explosivos em posições militares israelenses em 4 de julho, enquanto as tensões aumentaram em meio à guerra de quase nove meses em Gaza. (Foto de Jalaa MAREY / AFP)
(Um avião bombeiro israelense despeja retardante de chamas sobre a fumaça após foguetes lançados do sul do Líbano atingirem áreas no norte de Israel em 4 de julho de 2024. O Hezbollah do Líbano afirmou ter lançado mais de 200 foguetes e drones explosivos em posições militares israelenses em 4 de julho, enquanto as tensões aumentaram em meio à guerra de quase nove meses em Gaza. (Foto de Jalaa MAREY / AFP))
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Um menino reage enquanto está com outros atrás de uma cerca enquanto os corpos das vítimas mortas em bombardeios israelenses e sobreviventes chegam ao Complexo Médico Nasser em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 5 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo no território palestino entre Israel e o Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP)
(Um menino reage enquanto está com outros atrás de uma cerca enquanto os corpos das vítimas mortas em bombardeios israelenses e sobreviventes chegam ao Complexo Médico Nasser em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 5 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo no território palestino entre Israel e o Hamas. (Foto de Bashar TALEB / AFP))
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Palestinos verificam os danos em uma casa atingida por bombardeios israelenses em Zawayda, na região central da Faixa de Gaza, em 7 de julho de 2024. Israel realizou ataques aéreos mortais na Faixa de Gaza em 7 de julho, enquanto a guerra entre Israel e o movimento Hamas entrou em seu décimo mês, com combates intensos em todo o território palestino e novos esforços diplomáticos em andamento para conter a violência. (Foto de Eyad BABA / AFP)
(Palestinos verificam os danos em uma casa atingida por bombardeios israelenses em Zawayda, na região central da Faixa de Gaza, em 7 de julho de 2024. Israel realizou ataques aéreos mortais na Faixa de Gaza em 7 de julho, enquanto a guerra entre Israel e o movimento Hamas entrou em seu décimo mês, com combates intensos em todo o território palestino e novos esforços diplomáticos em andamento para conter a violência. (Foto de Eyad BABA / AFP))
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Um menino palestino caminha em frente a uma escola usada como abrigo por pessoas deslocadas em Deir el-Balah, na região central da Faixa de Gaza, em 7 de julho de 2024. Israel realizou ataques aéreos mortais na Faixa de Gaza em 7 de julho, enquanto a guerra entre Israel e o movimento Hamas entrou em seu décimo mês, com combates intensos em todo o território palestino e novos esforços diplomáticos em andamento para conter a violência. (Foto de Eyad BABA / AFP)
(Um menino palestino caminha em frente a uma escola usada como abrigo por pessoas deslocadas em Deir el-Balah, na região central da Faixa de Gaza, em 7 de julho de 2024. Israel realizou ataques aéreos mortais na Faixa de Gaza em 7 de julho, enquanto a guerra entre Israel e o movimento Hamas entrou em seu décimo mês, com combates intensos em todo o território palestino e novos esforços diplomáticos em andamento para conter a violência. (Foto de Eyad BABA / AFP))
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Palestinos deslocados carregam pertences enquanto caminham em frente a um prédio destruído em Deir el-Balah, na região central da Faixa de Gaza, em 7 de julho de 2024. Israel realizou ataques aéreos mortais na Faixa de Gaza em 7 de julho, enquanto a guerra entre Israel e o movimento Hamas entrou em seu décimo mês, com combates intensos em todo o território palestino e novos esforços diplomáticos em andamento para conter a violência. (Foto de Eyad BABA / AFP)
(Palestinos deslocados carregam pertences enquanto caminham em frente a um prédio destruído em Deir el-Balah, na região central da Faixa de Gaza, em 7 de julho de 2024. Israel realizou ataques aéreos mortais na Faixa de Gaza em 7 de julho, enquanto a guerra entre Israel e o movimento Hamas entrou em seu décimo mês, com combates intensos em todo o território palestino e novos esforços diplomáticos em andamento para conter a violência. (Foto de Eyad BABA / AFP))
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Um veículo blindado de transporte de pessoal (APC) do exército israelense se move para tomar posição em uma área próxima à fronteira com a Faixa de Gaza.
(Um veículo blindado de transporte de pessoal (APC) do exército israelense se move para tomar posição em uma área próxima à fronteira com a Faixa de Gaza e o sul de Israel em 2 de julho de 2024, em meio ao conflito contínuo no território palestino entre Israel e o Hamas. (Foto de JACK GUEZ / AFP))
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Homens judeus ultraortodoxos se reúnem para um protesto contra uma decisão da Suprema Corte de Israel que exige que eles sejam recrutados para o serviço militar, no distrito de Mea Sharim, em Jerusalém, em 30 de junho de 2024. A maioria dos homens e mulheres judeus em Israel deve servir no exército, mas desde 1948 a comunidade ultraortodoxa, ou Haredi, tem sido isenta do recrutamento para que alguns estudantes possam continuar os estudos na yeshiva. Com o crescimento da comunidade Haredi, o número de isenções aumentou. A nova decisão pode desmantelar o governo de coalizão de direita e levar o país a novas eleições. (Foto de AHMAD GHARABLI / AFP)
(Homens judeus ultraortodoxos se reúnem para um protesto contra uma decisão da Suprema Corte de Israel que exige que eles sejam recrutados para o serviço militar, no distrito de Mea Sharim, em Jerusalém, em 30 de junho de 2024. A maioria dos homens e mulheres judeus em Israel deve servir no exército, mas desde 1948 a comunidade ultraortodoxa, ou Haredi, tem sido isenta do recrutamento para que alguns estudantes possam continuar os estudos na yeshiva. Com o crescimento da comunidade Haredi, o número de isenções aumentou. A nova decisão pode desmantelar o governo de coalizão de direita e levar o país a novas eleições. (Foto de AHMAD GHARABLI / AFP))
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Um jipe militar israelense está estacionado perto de um posto de controle enquanto a fumaça sobe de incêndios causados por foguetes lançados do sul do Líbano, na região da Alta Galileia, no norte de Israel, em 4 de julho de 2024. O Hezbollah do Líbano afirmou ter lançado mais de 200 foguetes e drones explosivos em posições militares israelenses em 4 de julho, enquanto as tensões aumentaram em meio à guerra de quase nove meses em Gaza. (Foto de Jalaa MAREY / AFP)
(Um jipe militar israelense está estacionado perto de um posto de controle enquanto a fumaça sobe de incêndios causados por foguetes lançados do sul do Líbano, na região da Alta Galileia, no norte de Israel, em 4 de julho de 2024. O Hezbollah do Líbano afirmou ter lançado mais de 200 foguetes e drones explosivos em posições militares israelenses em 4 de julho, enquanto as tensões aumentaram em meio à guerra de quase nove meses em Gaza. (Foto de Jalaa MAREY / AFP))
O que o senhor espera para os conflitos entre Hezbollah e Hamas no futuro próximo?
Em relação ao Hamas, vemos que o conflito direto está chegando ao fim, mas ainda haverá mais ataques terroristas vindos do Hamas. Precisamos ver como o Hamas será substituído em Gaza para possibilitar a reabilitação e reconstrução de Gaza novamente, o que só acontecerá quando o Hamas não estiver mais no controle. Em relação ao Líbano, estamos vendo movimentos muito importantes. Nos últimos dias, vimos mudanças. Espero que termine muito em breve. Tenho certeza de que pode acabar instantaneamente se o Hezbollah obedecer às resoluções da ONU, 1701 e 1559, e se isso acontecer, o conflito terminará muito rapidamente. Se isso não acontecer, garantiremos que as fronteiras de Israel estejam seguras no norte. A expectativa é que Israel deva entrar no Líbano em breve, mas deverá ser uma operação pontual.
Israel planeja criar algumas zonas de amortecimento (buffer zones) perto das fronteiras com Líbano e Gaza? Essa possiblidade é considerada?
Sim. Primeiro, precisamos entender que zonas de amortecimento significam permanecer no território. Essa não é uma ambição de Israel, mas precisamos encontrar uma maneira de proteger as fronteiras para que não tenhamos outro 7 de outubro. Israel precisa garantir que não haja Hezbollah na fronteira de Israel. É por isso que uma das exigências de Israel, quando queríamos um cessar-fogo com o Líbano, era que o Hezbollah retirasse todo o exército e as tropas e implementasse a decisão 1.701 do Conselho de Segurança da ONU, que diz que eles deveriam se retirar até o rio Litani, no Líbano, que está a aproximadamente 15 quilômetros da fronteira. Isso permitiria a Israel defender suas fronteiras de uma forma que não houvesse uma invasão ao estilo 7 de outubro. Você pode chamar isso de zona de amortecimento, mas não é que as tropas israelenses estarão lá. O ponto é que o Hezbollah não estará lá. O exército libanês, claro, estará, mas não o Hezbollah. Essa era a exigência. Em Gaza, temos que garantir que eles não atravessem a fronteira novamente. E vamos garantir que isso aconteça.
Existe o risco de uma guerra maior e direta entre Israel e o Irã?
O Irã está conduzindo um conflito indireto com Israel há mais de quatro décadas e eles estão usando o que podem para ferir Israel. Uma guerra regional no Oriente Médio não é o desejo do Estado de Israel. Pelo contrário: procuramos várias soluções para não chegar a esse ponto. Em abril, o Irã atacou diretamente Israel com 350 mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e drones muito sofisticados. Drones mais sofisticados do que os que a Rússia está usando contra a Ucrânia. Mesmo depois disso, Israel apenas deu um sinal ao Irã: "faremos algo, mas leve em consideração que você ainda tem uma chance de repensar tudo." Israel não respondeu a esse ataque de mísseis da maneira que qualquer país teria o direito de se defender faria. A possibilidade de evitar uma guerra regional está nas mãos dos iranianos e da comunidade internacional, que pode impor sanções ao Irã para parar suas ambições nucleares e o projeto louco de mísseis que eles têm. Eles estão construindo mísseis que podem alcançar todo o mundo, querem construir ogivas nucleares. Não é um bom futuro para o mundo
Nos últimos anos, Israel estava fazendo acordos com outros países árabes, como Arábia Saudita, Marrocos e Emirados Árabes Unidos, para estreitar relações. Como o atual conflito afeta a normalização das relações com outros países árabes?
A vontade de fazer acordos de normalização entre Israel e o resto dos estados árabes está sempre na mesa, e isso vai acontecer. O fato de termos esse tipo de guerra com o Hamas, com o Hezbollah, com outras organizações, está apenas adiando isso, mas o interesse está lá, e acredito que quanto mais cedo, melhor. Israel terá um escopo maior de países árabes se juntando aos Acordos de Abraão.
Como você vê o futuro das relações entre Israel e a Palestina? É possível pensar em um Estado palestino no futuro?
Não há nenhum conflito entre Israel e as pessoas que se descrevem como palestinas. Israel ofereceu o Estado palestino no passado, por quatro vezes, mas não houve disposição de chegar a esse compromisso com Israel. Eles colocam o futuro do povo palestino em risco, ao não permitir que eles tenham um lugar independente para si. A situação agora é que o povo palestino está dividido, entre os que apoiam o Hamas e a Autoridade Palestina. A Autoridade Palestina tem acordos provisórios com Israel. Desde os Acordos de Oslo, havia um roteiro para chegar a um acordo completo, mas enquanto a Autoridade Palestina não estiver disposta a aceitar o compromisso, e o Hamas não estiver disposto a aceitar a existência do Estado de Israel, isso não deve acontecer. O Hamas coloca em seu estatuto a aniquilação do Estado de Israel, então não vejo isso acontecendo no futuro próximo. No futuro, se as condições forem diferentes, Israel se sentará à mesa e tentará comprometer-se e chegar a um acordo de paz, como fez com o Egito, devolvendo toda a Península do Sinai, como fez com a Jordânia, como fizemos nos Acordos de Abraão, com os Emirados, com o Marrocos, com o Bahrein, com todos esses lugares, e como faremos com o resto dos países árabes, e isso fará do Oriente Médio uma das regiões mais prósperas do mundo.
Como o senhor vê a posição do Brasil neste conflito?
A posição do governo federal do Brasil foi um tanto decepcionante. Israel é um amigo de longa data do Brasil, desde a sua fundação, e até antes disso, existe uma comunidade judaica significativa e importante no Brasil. As relações entre Israel e o Brasil sempre foram boas. Fiquei um pouco triste ao ver as declarações do governo brasileiro em relação a Israel e à situação no Oriente Médio. Espero que tenha sido algo relacionado a um mal-entendido sobre a situação, mas acredito que Israel e Brasil sempre continuarão sendo aliados e amigos próximos. Temos aqui no Brasil, em praticamente todos os estados, relações muito boas com os governos, os diferentes governos dos estados, e vemos grande apoio a Israel entre o público brasileiro.