Pesquisas de opinião recentes mostram que a maioria dos americanos aceita o princípio do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que já é uma realidade legal em nove estados (REUTERS/Cliff Despeaux)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2013 às 20h15.
A Suprema Corte dos Estados Unidos ouve nesta terça-feira em Washington alegações em defesa e contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Durante dois dias, advogados de ambos os lados do polêmico debate vão expor seus argumentos aos nove juízes da mais alta instância do Poder Judiciário nos Estados Unidos.
Do lado de fora da Corte, os manifestantes divididos por cores (vermelho, pró-casamento gay; e vermelho, branco e azul, contrários) buscavam apoio da opinião pública.
Pesquisas de opinião recentes mostram que a maioria dos americanos aceita o princípio do casamento entre pessoas do mesmo sexo, que já é uma realidade legal em nove estados, além do Distrito de Columbia. Nos demais, continua proibido.
O presidente Barack Obama reiterou seu apoio à causa nesta segunda-feira, por meio de uma conta no Twitter administrada em seu nome pelo 'Organizing for Action', um grupo de pressão fundado após sua reeleição.
"Cada americano deveria poder se casar com a pessoa que ama", dizia a página no Twitter, com a hashtag "#LoveIsLove".
Na terça, a Suprema Corte ouvirá os argumentos dos casais que desafiam a "Proposta 8", como é conhecido o referendo realizado em 2008 na Califórnia e que paralisou a iniciativa do estado para permitir as uniões homossexuais.
Na quarta-feira, o tribunal vai considerar a Lei de Defesa do Casamento (DOMA, na sigla em inglês), lei federal que define casamento como uma união entre um homem e uma mulher, negando os mesmos direitos e privilégios aos casais de mesmo sexo.
Vigílias noturnas em defesa do casamento gay estão previstas para acontecer em todo o país. Segundo o jornal "Los Angeles Times", uma prima lésbica do juiz presidente do Supremo, John Roberts, irá à Corte nesta terça.
Roberts, nomeado no governo do então presidente George W. Bush, teve um papel essencial na decisão da Suprema Corte de defender o controverso pacote de reformas para a saúde, promovido por Obama.