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Luta antidrogas melhorou após expulsão da DEA, diz Bolívia

Agência Antidrogas Americana (DEA) foi expulsa do país em 2008

Soldados bolivianos da unidade de erradicação da cocaína em Chinahota, Chapare
 (Aizar Raldes/AFP)

Soldados bolivianos da unidade de erradicação da cocaína em Chinahota, Chapare (Aizar Raldes/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 13h07.

La Paz - O governo da Bolívia considerou nesta sexta-feira que a luta antidrogas no país obteve "melhores resultados e sem violar os direitos humanos" após a expulsão do país, em 2008, da Agência Antidrogas Americana (DEA).

"Com a saída da DEA, a Bolívia recuperou sua dignidade e soberania e melhorou os resultados na luta contra as drogas. Com a DEA, desde 1999 a 2005 ocorreram 29 mortes e 468 pessoas ficaram feridas sobre o pretexto da erradicação da coca excedente", afirmou o Ministério do Governo em comunicado enviado aos meios de comunicação.

Este pronunciamento oficial foi divulgado depois que ontem os Estados Unidos anuciaram a decisão de fechar seu escritório de assistência na luta antinarcóticos na Bolívia, conhecido como NAS, após quase 40 anos de trabalho no país.

Após a expulsão da DEA do país andino sob acusações de conspiração contra o Governo, o que é negado pelos Estados Unidos, "foram obtidos resultados históricos (...) reconhecidos pelo Escritório das Nações Unidas Contra a Droga e o Delito (UNODC)", prossegue a nota.

Dito organismo, lembra o comunicado, certificou em setembro de 2012 que a Bolívia reduziu suas plantações de coca em 12%, com um total de 27.200 hectares de coca ilícita.


As operações realizados pela DEA na Bolívia, segundo o Ministério de Governo, foram de 32.700 hectares entre 1999 e 2005, "enquanto de 2006 a 2012 esse número aumentou para 82.987".

"Quando a DEA manejava a luta contra as drogas, foram apreendidas 55 toneladas métricas de cocaína, mas desde 2006 até 2012 a polícia antidrogas da Bolívia apreendeu 187 toneladas métricas" da droga, ressalta o comunicado.

O comunicado também destaca o aumento nos números de destruição de fábricas e ribeiras de maceração de droga.

O anúncio do fechamento dos escritórios do NAS ocorre três semanas depois que Morales comunicou a decisão de expulsar a agência americana de cooperação internacional (Usaid) após acusá-la de ingerência política e conspiração, denúncia que o Governo dos Estados Unidos rejeitou.

Segundo o Executivo boliviano, funcionários de ambos os Governos estão envolvidos atualmente para que a retirada de Usaid seja "ordenada" e "transparente", embora não precisaram a data em que o processo será concluído.

A Bolívia e EUA não mantêm relação em nível de embaixadores desde 2008, quando o Governo de Morales expulsou o então embaixador americano, Philip Goldberg, sob acusações de conspiração, e os EUA responderam expulsando o boliviano Gustavo Guzmán. 

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