Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: Maduro agradeceu pelo Twitter a mensagem do ex-presidente brasileiro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2014 às 11h26.
Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, revelou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lhe mandou uma carta destacando a necessidade de um diálogo "com todos os democratas" em um momento em que o país enfrenta uma onda de protestos.
Na carta, que foi enviada em 5 de março, quando se completou um ano da morte do presidente Hugo Chávez, Lula lembrou que "sempre" esteve unido ao falecido líder em "batalhas por uma América Latina mais justa e soberana" e convocou Maduro a manter vivo esse legado.
Lula, que sempre manteve uma estreita ligação com o mentor da revolução bolivariana, afirmou que desde a chegada do presidente ao poder, em 1999, o chavismo combateu as crise e dificuldades, que foram superadas por meio da participação popular e do respeito à Constituição.
"Não tenho dúvidas, companheiro Maduro, de que esse corpo de ideias e experiências constitui um guia de conduta de seu governo e do povo venezuelano neste delicado momento de sua história. Momento no qual é necessário um diálogo com todos os democratas que querem o melhor para o povo", disse o ex-presidente.
"Só assim, a Venezuela realizará o sonho de uma sociedade justa, fraterna e igualitária", acrescentou a carta, divulgada por Maduro em sua conta do Twitter no início da madrugada.
Maduro agradeceu pela rede social a mensagem do ex-presidente brasileiro: "Obrigado ao companheiro Lula por esta carta tão amorosa que me enviou. Muito Obrigado".
Fontes do governo brasileiro disseram à Agência Efe nas últimas semanas que o Brasil defende o princípio de não ingerência nos assuntos internos da Venezuela, onde há um mês ocorrem protestos contra Maduro.
A presidente Dilma Rousseff disse ontem que os chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) poderiam decidir durante um encontro que será realizado hoje enviar uma comissão à Venezuela para analisar diretamente a situação do país.