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Lula diz que carta do Irã é o início do cumprimento de acordo

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (24) que a entrega da carta à Agência de Energia Internacional de Atômica (Aiea) pelo Irã será o primeiro passo para o cumprimento do acordo sobre a troca de material nuclear. No documento, o Irã deve informar detalhes da troca de urânio negociada na […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (24) que a entrega da carta à Agência de Energia Internacional de Atômica (Aiea) pelo Irã será o primeiro passo para o cumprimento do acordo sobre a troca de material nuclear.

No documento, o Irã deve informar detalhes da troca de urânio negociada na última segunda-feira (17). O objetivo é que o governo do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, envie 1,2 mil quilos de urânio levemente enriquecido a 3,5% para a Turquia. O enriquecimento do material deverá ser feito sob supervisão da Aiea, dos turcos e iranianos. Em troca, o Irã receberá 120 quilos do produto enriquecido a 20%.

"Tudo aquilo que foi acordado conosco, está começando a ser cumprido agora. Depois da carta vem as conversas com a agência, vem o depósito do urânio na Turquia, e depois, aí, o prazo para que o Irã receba já o urânio enriquecido", avaliou Lula durante o programa de rádio Café com o Presidente.

Lula disse que o acordo foi a "abertura para começar as negociações" sobre o programa nuclear iraniano, que preocupa as potências ocidentais. "Nós não fomos lá para negociar acordo nuclear. Fomos lá para tentar convencer o Irã a aceitar uma proposta feita pela Turquia e pelo Brasil, de sentar à mesa de negociações, e isso nós conseguimos", disse Lula.

Com isso, a expectativa dos governos do Irã, Brasil e da Turquia é impedir a aprovação de sanções, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, contra os iranianos. No entanto, os Estados Unidos atuam paralelamente, levantando dúvidas sobre o eventual cumprimento do acordo e seus efeitos por parte do Irã, e mantêm a defesa das sanções.

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