Lula: governo atual enfrenta muitos desafios em diversos setores (Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)
Repórter
Publicado em 19 de janeiro de 2025 às 15h04.
Última atualização em 19 de janeiro de 2025 às 15h13.
Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, será empossado no dia 20 de janeiro, em uma cerimônia realizada em Washington. O evento contará com a presença de diversas autoridades, incluindo ex-presidentes americanos, e será marcado por um robusto esquema de segurança.
O atual presidente, Joe Biden, confirmou sua presença na cerimônia e poderá acompanhar Trump até o Capitólio, onde ocorrerão o juramento e o discurso de posse, seguindo a tradição americana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não participará da posse presidencial nos Estados Unidos. Representando o Brasil, estará presente a embaixadora brasileira em Washington, Maria Luiza Viotti, segundo um comunicado emitido pela Secretaria de Comunicação da Presidência.
A ausência de Lula segue uma prática comum nos Estados Unidos, que geralmente não convidam chefes de Estado estrangeiros para cerimônias de posse presidencial. Um exemplo disso foi em 2009, quando nenhum líder de outro país foi convidado para a posse de Barack Obama. Nessas ocasiões, os convites são tradicionalmente direcionados aos embaixadores.
“Cabe esclarecer que, por costume local, são convidados para as posses dos presidentes dos Estados Unidos os embaixadores”, disse a Secom, em nota.
Após o resultado das eleições no ano passado, Lula utilizou as redes sociais para parabenizar Donald Trump. Em sua mensagem, destacou que a democracia representa “a voz do povo” e enfatizou que ela deve ser “sempre respeitada”.
Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada. O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo…
— Lula (@LulaOficial) November 6, 2024
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ter recebido um convite para a cerimônia de posse de Donald Trump e solicitou a liberação de seu passaporte, que foi apreendido pela Polícia Federal em fevereiro do ano passado, para poder viajar.
No entanto, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, exigiu que a defesa de Bolsonaro fornecesse um documento oficial que comprove o convite para a solenidade.
O convite mencionado por Bolsonaro foi um e-mail enviado ao seu filho, Eduardo Bolsonaro. A mensagem, redigida em português para o deputado federal (PL-SP), foi repassada ao ex-presidente, no qual o comitê de posse questiona se Bolsonaro poderá participar do evento.
Na quinta-feira, Moraes negou o primeiro pedido de Bolsonaro, alegando que havia uma "possibilidade de tentativa de evasão" por parte do ex-presidente. A defesa do político, no entanto, apresentou um pedido de reconsideração.
No recurso, os advogados afirmaram que as medidas cautelares impostas contra ele "têm sido integralmente cumpridas e respeitadas", e que por isso "nada indica que a pontual devolução do passaporte, por período delimitado e justificado, possa colocar em risco essa realidade".
Mas, nesta sexta-feira, 17, Alexandre de Moraes rejeitou um recurso apresentado pelo ex-presidente. Bolsonaro está com passaporte apreendido por causa de uma investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado. Ele foi indiciado nesse caso em novembro, mas nega as acusações.
A posse do republicano Donald Trump será no dia 20 de janeiro, quando os Estados Unidos realizam a cerimônia de posse, que marca o início de um novo mandato presidencial.
O evento cívico-militar, que inclui uma cerimônia oficial e atividades públicas, ocorre tradicionalmente ao meio-dia, horário local, no Capitólio dos Estados Unidos. Após o juramento, Trump deve fazer seu primeiro discurso oficial, estabelecendo o tom para seu mandato, e em seguida participará de um desfile pela avenida Pensilvânia.
O trajeto liga o Capitólio à Casa Branca, onde o republicano exercerá suas funções pelos próximos quatro anos. Esse desfile é uma tradição que representa o percurso simbólico do poder para a residência oficial do chefe do Executivo americano.